COMEÇO DE ANO.

O mundo como o conhecemos, com todas as suas belezas, sutilezas, a natureza com seus encantos, a diversidade de animais, paisagens deslumbrantes, e, principalmente; a jóia da criação divina, 'o ser humano'. Tudo, exatamente tudo, foi criado por Deus em estado de perfeição e ordem e beleza. Contudo, este mesmo mundo que descrevo como 'belo', tornou-se ao longo de séculos, horrendo, tenebroso, e o que antes era 'belo', 'perfeito', 'ordenado', agora converge ao caos.

A jóia da criação divina corrompeu-se desde o jardim do Éden, o ser humano feito à imagem e semelhança de Deus descarrilou-se dos caminhos divinos, embrenhando-se por estradas tortuosas, desfigurado-se, distanciando-se cada vez mais do criador.

A história do homem é a prova incontestável de como, no decurso dos séculos, foi sendo contaminada, manchada com a nódoa pecaminosa do egocentrismo. Considerando que, esse 'pecado', não é imposição forçada, pelo contrário, é uma sugestão oferecida ao homem, que, por sua vez, 'escolhe', recebê-lo de bom grado.

O egoísmo pecaminoso começa premeditado, calculado, arquitetado, desejado, considerando todas as variáveis, somente depois executado. Foi assim no começo, é assim nos dias atuais, e será assim futuramente. O homem escolhe, não é escolhido pelo erro.

Dezembro acabou de passar, foi vivenciado com festa.

O mês nos trás à memória, logo de cara, das comemorações natalinas, data que, por sua vez, leva-nos a um estado de graça e alegria. Churrascos intermináveis, bebidas, gula de mãos dadas com a embriaguez. Para muitos, não existe outro significado para esses dias. Papai Noel, presentes, ver amigos distantes, confraternização, tudo isso são apenas detalhes. O importante mesmo, para a gritante maioria em todo o mundo, são as comemorações regadas a álcool e carne assada e tantas coisas mais...

Outra detalhe esquecido - embora a data em si não seja a verdadeira - é o significado do natal para o cristão, em que nele se comemora o nascimento de Jesus. Como dito anteriormente, essa não é a data real do nascimento de Cristo, mas, não vejo problemas na comemoração em si. Acontece que, a data e tudo quanto foi criado em torno dela, não foi pensando em celebrar o nascimento do filho de Deus, e sim pensado em si, no comércio, lucro, riquezas, dinheiro… O homem escolhe, não é escolhido.

O fim de ano é uma prova deste mundo corrompido, deste homem que se degenerou, que se desfigurou. São tantos os absurdos acontecendo em tão pouco tempo, que fica difícil de acreditar que tudo parte de escolhas feitas da jóia da criação. No fim, tudo converge ao caos. O homem desfigurado olha no espelho, assim como no mito de Narciso, adora a si mesmo, se encanta com suas supostas belas feições, não contente, deseja sempre mais para si, e o que é ruim torna-se ainda pior.

O mundo como nós o conhecemos… Verdade seja dita, talvez não o conhecemos tanto assim...

No entanto, um novo ano começou, que neste novo ano, início de década, sejamos melhores, conosco primeiramente, depois com o próximo, e por último, mudaremos o mundo. A jóia da criação contínua sendo jóia principal…

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 05/01/2020
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