UMA CURTA EPOPEIA PRAZEROSA
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Sábado, 4 de Janeiro de 2020
Na Sexta-Feira à noite, já passava um pouco das 18h, quando a minha intuição apresentou-se como sempre faz, quando preciso resolver uma pendência qualquer que esteja a me incomodar.
Nesse caso foi um descuido meu em deixar cair uma peça da parafusadeira que usava em colocar uma cobertura plástica sobre o ar condicionado de casa, onde a parte que acumula a carga elétrica da mesma soltou-se, caindo de boa altura e danificando-se totalmente.
Tentei encontrá-la no centro da cidade, e mesmo indo em várias lojas não o consegui. Até mesmo através da internet aconteceu o mesmo. Só consegui o número de alguns telefones, mas nem consegui contato com nenhuma delas.
Mas como dito no início, ao contactar uma loja através do telefone, a pessoa atendeu-me com uma presteza sem igual. Então disse-lhe o que pretendia e ela informou-me que tinha quase certeza de possuí-la em estoque. Mas precisava ver o tipo da parafusadeira. Então disse-lhe que iria na loja no dia seguinte.
Pelo meio da manhã montei em minha motocicleta e parti para o bairro de Bonsucesso, onde a loja se situa. E chegando lá apresentei-me à senhora que havia me atendido, mas nem levei a dita ferramenta, só os dados e identificação da mesma, E ela foi ao estoque verificar sua existência ali.
Já é uma senhora em idade sexagenária. E observei nela dificuldades em se locomover. Talvez por isso demorou mais do que o suficiente para trazer-me a peça.
Mas nesse ínterim, uma outra senhora dentro daquela mesma faixa de idade, perguntou-me se eu já havia sido atendido e eu a informei que sim. Mas reforcei a informação do que queria e ela prontamente dirigiu-se ao local onde a outra colega estava e ela mesma voltou ao balcão com a precisa peça que eu solicitava e precisava adquirir.
O fato interessante que percebi ali naquela loja foi a presença de três pessoas já em idade acima daquelas que dizemos jovens, o que não é natural acontecer em outros lugares. Mas a qualidade do atendimento é que surpreendeu-me mais ainda. Não é comum isso acontecer. Pelo menos comigo. E já fiz registro nesse mesmo espaço das dificuldades que possuo com gente nova, principalmente no que tange ao exercício laboral.
Óbvio foi que elogiei o atendimento delas, bem como a precisão em suas ações. Paguei a mercadoria e fui em direção à motocicleta que estava estacionada perto da loja. Qual não foi a minha surpresa em constatar que havia começado a chover e eu não havia levado os apetrechos próprios para dias de chuva.
Mas não me fiz de rogado e nem contrariado. Até pelo contrário. Desde que possuo motocicleta, e lá se vão trinta e sete anos, uma das coisas que sempre mais gostei, era/foi andar nela em dias chuvosos. E nem me peçam explicação para tal. E como estava já muito satisfeito em adquirir a peça que necessitava, voltar a encarar uma chuva sobre a motocicleta foi um prazer dobrado.
Felizmente choveu só um terço do percurso. Mas deu para deliciar-me com isso. E possuo os apetrechos para esse tipo de ocasião, só que não observei o tempo ao sair de casa, na expectativa de resolver, logo, a aquisição da peça que necessitava. E ao final, deu tudo certo. Principalmente o retorno à casa, molhado mas satisfeito. E seguro.