Os românticos e os cadeados do amor
Este texto será o primeiro publicado em 2020. Feliz Ano Novo a todos que passarem por aqui.
Conta-se que a mania dos casais de gravarem seus nomes em cadeados e prendê-los numa ponte, sobre rios, teria começado na Servia. Ali, uma jovem por nome Nada, teria conhecido seu amor, um oficial do Exército sérvio, ao passar pela ponte Most Ljubavi, (Ponte do Amor). Eles se apaixonaram imediatamente. Mas o rapaz foi mandado à guerra, a primeira guerra mundial. Seu posto teria sido na Grécia. Ali ele teria conhecido outra jovem, se apaixonado perdidamente por ela, desfazendo assim, o compromisso com a jovem Nada, que morreu de amor com a desilusão sofrida. A partir de então, os jovens daquela cidade passaram a gravar seus nomes em cadeados, fechando-os nas grades da tal ponte, jogando, em seguida, as chaves no rio, com a ideia de assim eternizar o relacionamento.
Essa moda se estendeu por alguns países. Na França, em Paris, eu conheci a “Ponts des Arts”, onde milhares de centenas de cadeados foram colocados pelos casais, ao longo de cem anos. Eu, particularmente, achei feia a ponte, pois a meu ver não havia arte nenhuma naquela enormidade de cadeados amontados uns sobre os outros, dando um aspecto de masmorra à ponte. O costume de gravar os nomes nos cadeados foi mantido, e as chaves também eram jogadas no Rio Sena.
Em 2015, sob a ameaça de a ponte desabar, devido ao peso, a prefeitura de Paris mandou retirar os cadeados, cujo peso chegou a quarenta e cinco toneladas. Imaginem também, a quantidade de chaves no leito do Rio Sena.
Ruim foi para os vendedores e gravadores de cadeados que ficavam em torno da ponte, mas lucrou a cidade, livrando-se daquela feiura.
Essa mania dos cadeados também chegou ao Brasil, em Pernambuco, Recife, na Rua da Aurora, as pessoas colocavam os cadeados com seus nomes, numa grade. todavia, como no Brasil os “honestos” estão por toda parte, a tal grade foi roubada duas vezes, para a venda do metal às sucatas, e os românticos pernambucanos desistiram da ideia.
O amor não precisa de cadeados, deve ser livre, a ideia de prisão, por si só, assusta.
Obs.:
Eu não usei imagerm da ponte parissiense, porque não sei como transportar do Google. Minha assistente de tecnologia não mora mais no Brasil, risos. contudo, quem conheceu a ponte do texto, pode encontrar centenas de fotos no Google.
Este texto será o primeiro publicado em 2020. Feliz Ano Novo a todos que passarem por aqui.
Conta-se que a mania dos casais de gravarem seus nomes em cadeados e prendê-los numa ponte, sobre rios, teria começado na Servia. Ali, uma jovem por nome Nada, teria conhecido seu amor, um oficial do Exército sérvio, ao passar pela ponte Most Ljubavi, (Ponte do Amor). Eles se apaixonaram imediatamente. Mas o rapaz foi mandado à guerra, a primeira guerra mundial. Seu posto teria sido na Grécia. Ali ele teria conhecido outra jovem, se apaixonado perdidamente por ela, desfazendo assim, o compromisso com a jovem Nada, que morreu de amor com a desilusão sofrida. A partir de então, os jovens daquela cidade passaram a gravar seus nomes em cadeados, fechando-os nas grades da tal ponte, jogando, em seguida, as chaves no rio, com a ideia de assim eternizar o relacionamento.
Essa moda se estendeu por alguns países. Na França, em Paris, eu conheci a “Ponts des Arts”, onde milhares de centenas de cadeados foram colocados pelos casais, ao longo de cem anos. Eu, particularmente, achei feia a ponte, pois a meu ver não havia arte nenhuma naquela enormidade de cadeados amontados uns sobre os outros, dando um aspecto de masmorra à ponte. O costume de gravar os nomes nos cadeados foi mantido, e as chaves também eram jogadas no Rio Sena.
Em 2015, sob a ameaça de a ponte desabar, devido ao peso, a prefeitura de Paris mandou retirar os cadeados, cujo peso chegou a quarenta e cinco toneladas. Imaginem também, a quantidade de chaves no leito do Rio Sena.
Ruim foi para os vendedores e gravadores de cadeados que ficavam em torno da ponte, mas lucrou a cidade, livrando-se daquela feiura.
Essa mania dos cadeados também chegou ao Brasil, em Pernambuco, Recife, na Rua da Aurora, as pessoas colocavam os cadeados com seus nomes, numa grade. todavia, como no Brasil os “honestos” estão por toda parte, a tal grade foi roubada duas vezes, para a venda do metal às sucatas, e os românticos pernambucanos desistiram da ideia.
O amor não precisa de cadeados, deve ser livre, a ideia de prisão, por si só, assusta.
Obs.:
Eu não usei imagerm da ponte parissiense, porque não sei como transportar do Google. Minha assistente de tecnologia não mora mais no Brasil, risos. contudo, quem conheceu a ponte do texto, pode encontrar centenas de fotos no Google.