SIMESTRE (OU CIMESTRE) NÃO EXISTE
*Nadir Silveira Dias
A não ser como nome próprio, simestre não existe. E tampouco com a letra c, cimestre. Especialmente para designar o período compreendido de seis meses seguidos, do calendário civil, ou não, necessariamente, cujo vocábulo é semestre.
Aprendi desde cedo que quem trabalha falando ou escrevendo precisa saber o que diz ou o que escreve. O modismo de falar ou escrever errado foi muito incentivado pelas novelas, estilo muito apreciado pelos assistentes desses programas.
O que ocorre é que esse procedimento induz em erro a todos aqueles que não sabem que aquilo é uma forma errada de falar apenas para captar atenção e audiência.
Ora, num País em que a Educação vem decaindo desde a Reforma de 1971, o que se pode esperar quando o incentivo, o estímulo, vem exatamente para melhor ensinar o que é errado? Ou seja, em sentido exatamente contrário a que todos devem seguir.
Verdade, no entanto, é que usar bem o idioma pátrio, a língua portuguesa, é obrigação de todos os residentes no Brasil. E, de modo especial, por aqueles, que trabalham com o ensino, com a educação, com a comunicação, e mais ainda, com a comunicação de massa, caso das emissoras de televisão, as emissoras de rádio, dos jornais, e a Voz do Brasil, programa governamental de grande valia, que também promove essas tais barbaridades antes referidas.
Por outro lado, nunca ouvi ou chequei a saber da existência de alguém cujo nome próprio fosse Simestre ou Cimestre.
Avante! É preciso estudar!
30.12.2019 - 19h35
* Escritor, Jornalista e Pensador