Oligarquia em nome da Democracia
Não restam dúvidas de que nosso país vive uma oligarquia que se alterna com a democracia a depender de quem está no poder. Também é notório que o “sistema” é bastante competente em suas estratégias tendentes a destruir direitos e garantias fundamentais da classe trabalhadora, assim como, esmagar a pobre.
Segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, oligarquia é um governo de poucos, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família. É o predomínio de pequeno grupo na direção dos negócios públicos.
No Brasil atual, este sistema faz o que quer e conta com a colaboração das empresas de jornalismo impresso e de tele-radiodifusão para disseminar suas mentiras transformando-as em verdades absolutas. Basta observar a forma como criam e espalham uma “falsa crise” entre a população. Seu alvo preferido são os políticos que se propõem a favorecerem as classes trabalhadora e pobres dessa nação.
Exemplos não faltam, Getúlio Vargas, João Goulart, Jânio Quadros e mais recentemente, Dilma Roussef e Luís Inácio Lula da Silva. Getúlio, misteriosamente suicidou-se; Jango, foi deposto quando retornou de sua viagem à China; Jânio, segundo suas declarações renunciou em função de “forças ocultas”; Dilma foi vítima de um golpe de estado e Lula vem sendo perseguido de forma permanente e continuada.
Em fins do segundo mandato da Dilma, o “sistema” criou disseminou uma crise incontrolável e sem precedentes na história do Brasil, causada por um Presidente da República. Acontece que, após o golpe a mesma crise persistiu e no dizer do governo Temer foi atenuada. Mentira! o que aconteceu foi a injeção de capital através da liberação do PIS-PASEP, que levou a população a comprar mais devolvendo o dinheiro ao mercado financeiro.
Findo o governo Temer inicia-se a gestão Bolsonaro com a mesma crise criada e disseminada pelo “sistema” no governo Dilma. Não houve até o momento significativa criação de postos de trabalho formais, tampouco melhoria nos baixos valores dos salários do proletário. O que houve foi mais uma estratégia para dar aparência de que o ano 2019 foi progressista e rentável ao comércio.
Isso, mais uma vez ocorreu por conta de uma estratégia, qual seja, liberação de parcelas do FGTS, baixa temporária da taxa selic que objetiva controlar os juros do mercado e a contribuição da imprensa em incentivar o povo a consumir mais e dar a falsa impressão de que 2019 foi um ano de melhoria na qualidade de vida e de impulso à saída da “crise”.
Em verdade, este foi o primeiro de mais três que estão por vir, de arrocho e corrosão aos direitos e garantias fundamentais conquistados pelo povo trabalhador e consagrados pela Constituição Federal de 1988. O sistema oligárquico que ora se encontra instalado em nosso país é muito competente em suas maldades contra o segmento da população que necessita de políticas públicas na área social e benevolente em relação aos empresários, aos mercados financeiros nacional e internacional, assim como, aos integrantes do legislativo e do judiciário que fazem parte desta oligarquia.