Uma gatinha chamada Renata

Certo dia, estava indo para o 2° turno do trabalho. Estava cansada e aguardava o ônibus junto com minhas amigas professoras. Quando entramos no ônibus vi que ele estava lotado. Fiquei triste! Só quem já foi em pé dentro de um busão, ainda mais na distância entre Jaboatão e Vitória, sabe do que estou falando. De repente, um rapaz me cedeu seu lugar! Agradeci e sentei... Olhei para o lado e lá estava uma senhora segurando um gatinho. Quem me conhece sabe do meu amor por felinos. Não hesitei e gritei: "Own, que gatinho lindooo!". Foi então que a senhora me apresentou a gatinha Renata. Ela me contou que tinha doado Renata para uma mulher lá em Recife. Renata não se adaptou e quase morria, ficou bastante adoentada. A mulher, por sua vez, ligou para a "ex-dona" de Renata e contou a situação em que a gatinha se encontrava.

Ah, aos poucos foi aparecendo lugar no ônibus e todo mundo sentou.

Passamos a viagem toda conversando. Falei que também tinha um gatinho de quase 7 anos chamado Fuzuê e que ele adoraria conhecer Renata. Ela riu do nome de Fuzuê... Renata estava descansando nós braços da dona, estava doida para chegar em casa, comer, tomar água e brincar. Ela já tinha perdoado a sua dona. Na verdade, nunca sentiu raiva ou rancor, apenas saudade e tristeza.

Agora, nos braços da dona, ela encontrava carinho, amor, proteção e confiança.

Chegou a hora da despedida, a senhora foi embora, me despedi das duas e fiquei a refletir. Fiquei feliz em ter sentado ao lado de Renata e sua dona. Vou sempre lembrar de Renata com a consciência de nunca abandonar o AMOR, às vezes ele pode estar fantasiado de gatinho.