Esse papo “qualquer coisa”!
Não sei se é assim mesmo, mas tem horas que dá vontade de se falar do trivial, do básico, ou viajar “na maionese”. Papo cabeça, ou papo “qualquer coisa”. Não precisa ter sentido, nem remeter a lugar nenhum, a alguém ou coisa alguma. Cabe falar do dia nublado, da primavera “zangada” que estamos
tendo, do plebiscito “desnecessário por sinal”, da polêmica que o Caetano levantou este final de semana. Também pode se falar do beijo gay (que ninguém viu) da novela que terminou e da nova “antiga” novela que irá ao ar hoje.
Para papo “qualquer coisa” vale comentar de sociologia, falar de Nietzsche sem ao menos ter lido nada dele, e de repente estar lendo um romance que conta o dia em que ele teria chorado. Ou então falar da nova terapia que irá fazer e se perguntarem qual a linha que seguirá, falar “algo como Lacan”, “cansei de Freud”, “Jung me decepcionou” e deixar o ouvinte acreditar que você já “deitou” em diversos divãs.
Ah! E também tem aquele papo de busca de qualidade de vida e aí você comenta a nova dieta que está seguindo (sabe lá Deus a duras penas) e da nova academia que está freqüentando sem falar claro das idas turísticas que você faz.
Enfim é isso: se deixar levar, para lá de Marrakesh.