Sílvia

Carlos Tito, CT, teve uma paixão platônica (Platônica porque o sábio grego, Platão, teorizou que o amor sem contatos físicos, carnais, seria o verdadeiro, sublime).

Deveria ter ele, Tito, uns 14 anos. Ela, amada, chamava-se Sílvia. Adolescente.

Tito a conheceu num aniversário. Um amigo o convidou, se chamava Iran.

----- Carlos, fui convidado para uma festa – é de aniversário. Não quero ir sozinho, vamos lá?

Aceitou, prontamente. Foram. Disse-lhe Iran: ----- O aniversariante é de um senhor. É militar da Aeronáutica. Tem 3 filhas.

Festa alegre, almoço, música. Uma das filhas, Sílvia, tinha cabelos compridos, a mais jovem.

Sorridente, simpática. CT gostou dela, daquele jeito descontraído. Foi ela servir-lhe refrigerante, doces, salgados.

Os dois se olharam, se viram bem de perto. O rapaz, CT, absorveu aquela simpatia, o sorriso grandemente contagiante.

Seu coração pulsou, acelerou. Vez por outra ela olhava pra ele – ambos a se entreolhar. Apenas isso, mais nada.

Por algum tempo – cerca de 3 meses – ele guardou aquele rosto bem feito, o sorriso.

Gostou de Sílvia, mas somente na mente. Imaginava-se a beijando, juntinhos, colados.

Chegou algumas vezes a ir próximo à casa dela, o platônico amor, Sílvia. Queria vê-la. Não a via.

Sozinho, Tito passou esse tempo com a amada no coração. Recordando daquela figura humana, radiante. Somente isso, até que o tempo o fez esquecer....

...... De Sílvia.

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 23/12/2019
Reeditado em 23/12/2019
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