A MALA
Quando chegamos a esse mundo nada trazemos e quando partimos nada levamos.
A frase é antiga e repetida constantemente.
Verdade? ... Não! ... Mentira.
Quando aqui aportamos, trazemos uma mala ... uma enorme mala.
Ela é abstrata, ninguém vê, mas existe.
E qual a sua finalidade?
No decorrer da nossa existência, devemos enchê-la de bens.
Isso mesmo. De bens virtuais que nós podemos adquirir durante a vida para levarmos quando morrer.
Para abastecê-la, encontramos no mercado uma variedade de produtos à nossa disposição. Uns caros, finos e de boa qualidade, entretanto, difíceis de conseguir, tais como:
Amor, gratidão, amizade, sinceridade, tolerância, respeito, honestidade, generosidade, humildade, perdão, justiça.
Há outros que momentaneamente são mais atrativos, nos seduzem facilmente e cujo valor parece uma pechincha, assim como:
Ódio, inveja, maldade, inimizade, desonestidade, falsidade, cobiça, orgulho, preconceito, egoísmo, avareza, vaidade.
Porém, lembre-se sempre:
Você é o gerente de compras de uma empresa chamada "vida" e tem o poder de escolha. Você decide o que colocar na sua mala.
Se observarmos um cortejo fúnebre, veremos apenas um caixão seguido de pessoas tristes. Certamente, parentes e amigos. Nunca há um carro forte, um baú de joias, um luxuoso carro importado, um sítio, uma casa ou outras propriedades do falecido sendo levados para serem despachados com ele.
Mas a mala vai. Ninguém vê, mas vai.
Portanto, independente do credo de cada um, todos nós teremos que abrir a nossa mala lá no outro lado e mostrar o que adquirimos em nossa passagem aqui pela Terra.
Então, fique de olho na mala e veja o que você está carregando.
Jogue fora os encalhes da vida e prestigie os verdadeiros valores pelos quais valem a pena lutar.