Festa de Natal na lancheria do seu Sinval
Bom dia meus 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez vem aqui receber presentes literários de Natal. Como dia 25 cairá na quarta-feira, que não é dia de texto deste Bacamarte, vem hoje publicar minha crônica natalina.
Eles tomavam café juntos toda manhã na lancheria do seu Sinval. Uns seis a cinco amigos que se conheceram por ali mesmo. Os primeiros chegavam lá pelas 07h, assim que o estabelecimento abria, e iam ficando. Lá pelas oito já estavam todos lá e, até às nove, o último já se fora. Todo dia, de segunda a sábado, exceção de domingos e feriados. Na pauta de assuntos generalidades, curiosidades, política e futebol, basicamente, colhidas a partir dos jornais impressos do dia ou das fofocas da internet, principalmente do Facebook investigado no celular de algum deles. Um outra fonte de assuntos eram as novidades trazidas pelos taxistas do ponto.
Buenas, pois esse ano resolveram fazer uma festinha de Natal, o que consistia, basicamente, em fazer um churrasquinho de espetinhos e tomar refrigerante, visto que ali ninguém bebia álcool pelo início do dia, apenas café preto ou com leite e pastel. E isso pela manhã, mesmo, que era o horário de convívio do pessoal. Um grupo na faixa dos 50, 60 anos, a maioria aposentados, porém heterogêneo religiosa, política e economicamente. Mas todos lá, articulados pelo evento natalino. Em conjunto, se envolveram no preparativo do fogo e da carne, bem como no assar.
Flávio, o mais serelepe deles, tivera a brilhante ideia de contratar uma Mamãe Noel para entregar os presentes do amigo secreto realizado. Mas uma Mamãe Noel daquelas! Não veio em trajes sumários, eis que a lancheria do seu Sinval era lugar de respeito, entretanto, estava a rigor para animar os tiozões, que, claro, adoraram. Foi aquela festa. O cara dava o característico discursando dando pistas de quem era o seu amigo secreto e, quando os demais adivinhavam, lá se ia a Noela, toda catita, dar o presente, após o que conduzia o presenteado para, por sua vez, anunciar seu amigo. Como eram apenas seis, foi curta a coisa, mas intensa e divertida, Logo terminado o amigo secreto, lá se foi ela, sob ovação geral.
Ficaram ali, como sempre, até às nove, quando se despediram desejando um Feliz Natal recíproco. Hoje foi o último dia de encontro até o dia 26, pois domingo e dias 23, 24 e 25 não se encontrariam ali, por viagens e festas em família. O Natal une, eis que Jesus une. E como com aquele grupo tão díspare isso acontecia ao longo do ano, naquele momento deveria ser marcado e comemorado.
E foi isso. Um Natal simples na lancheria do Sinval, por pessoas simples, vivendo suas vidas simples e respirando o ar desse mundo, enquanto confraternizam. A vida é bela.
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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.
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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".).