FELIZ NATAL

Quantas e quantas vezes ouvimos (e dizemos) essa frase sem nos darmos conta da profundidade e da tradição que ela representa.

A origem dela está relacionada com o início do inverno no hemisfério Norte quando nas altas latitudes a luz do sol não aparece e a escuridão total permanece por dois ou três dias e, quando finalmente é quebrada, simboliza o recomeço da vida, cíclica por bilhões de anos, mas nunca absolutamente igual.

O ser humano, frágil por natureza e como ser pensante, sempre buscou apoio sobrenatural a fim de se preservar e fez nascer vários deuses relacionados a esse fenômeno natural do ressurgimento da luz do sol.

Há registro desses deuses em diversas culturas antigas e, como não poderia deixar de ser, o cristianismo, dada a importância do seu criador, também elegeu o período para simbolizar o nascimento de Jesus e com essa celebração tentar renovar os ideais de fraternidade e de apoio mútuo.

O ser humano precisa de algo tangível para dar significação às ideias e, talvez seja essa a origem dos presentes que são trocados entre os que se conhecem e também os que são doados aos milhares de desconhecidos.

Todos nós conhecemos a historinha de Santa Klaus e sua derivação para a figura do papai Noel que corporifica o doador anônimo.

Portanto dizer-se que o papai Noel não existe é negar a existência desse doador que prefere não se tornar conhecido, mas que através de uma lembrança material, procura prolongar a ideia da fraternidade e a alegria de doar e de receber algo desejado.

Muito se fala que a ganância, o mercantilismo e a visão profana da festa tiraram o sentido sacro do acontecimento, mas se observarmos a intensão da maioria, veremos que as raízes da fraternidade permanecem e que não são vazias de sentimento as simples palavras do FELIZ NATAL que eu desejo a todos.