ERA UMA VEZ O PAPAI NOEL...

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Quarta-feira, 18 de Dezembro de 2019

Há uma discussão quase que perene a respeito da figura de Papai Noel junto à criançada. Tem gente contra e a favor. E ambas as partes possuem suas alegações e explicações a respeito, cada uma puxando a brasa para a sua sardinha em referendar seu ponto de vista ou sua lógica a respeito.

Partindo-se da premissa de que ambos os lados têm suas razões, seria bom que cada uma delas ficasse satisfeita por isso, sem contudo buscar alterar a razão da outra, porque tal discussão, ao final, chegará a lugar nenhum.

Mas há que se analisar certos aspectos. E um deles está num princípio do Eclesiastes, na Bíblia, onde diz que há tempo para tudo, quase que sem exceção. E como esse autor não é religioso e nem segue à nenhuma religião, é algo paradoxal fazer tal colocação. Mas isso nem é difícil de se explicar.

Acontece que à parte o aspecto religioso da efeméride natalina, onde se destaca a existência absoluta de Cristo, segundo os cristãos, há também uma fantasia que foi criada para as crianças nessa mesma época. E a história diz ter relação religiosa com a presença/existência de São Nicolau, que costumava presentear as crianças de sua época.

Com o passar dos anos houve o acréscimo do mercantilismo à essa festa. E aumentou-se a presença do Papai Noel. E a Coca Cola, lá nos Estados Unidos, aproveitou-se disso de uma forma superlativa. E daí acabou por influenciar milhares de outros negócios, que se aproveitam dessa mesma festa para altos resultados e auferir valores extraordinários.

Mas guardando-se as devidas proporções, cabe aos pais saberem controlar essas situações. E aqueles que não possuem condições financeiras/econômicas para presentearem seus filhos usando a figura do bom velhinho, devem explicar a história com muito cuidado para não quebrar a fantasia, mesmo sabendo-se ser difícil tais explicações. Com o tempo, já crescida, a criança entenderá toda essa história, com certeza.

Mas o fundamental nisso tudo é ver a inocência de uma criança ser apoiada. Como dito anteriormente, tudo tem seu tempo certo. E não se pode abolir da vida de ninguém um período de inocência/ilusão, que não lhe faz mal algum, até pelo contrário.

O tempo e sua passagem são implacáveis, mas não podem rasgar uma simples situação: uma tradição de alegria e esperança.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 18/12/2019
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