Os anjos são criaturas puramente espirituais. Portanto, "dedurar" um anjo parece estranho. Mas foi este o título que me veio para o texto que começo a escrever, sem saber exatamente como discorrerei sobre um assunto divino numa linguagem humana.
Pois bem! Eu regava as plantas, quando me veio à mente a ideia de falar sobre as abelhas chien que atacavam as rosas que eu cultivava para oferecer à Santíssima Virgem Maria.
O ataque faz alguns meses.
Naquela oportunidade orei e pedi a meu anjo da guarda que expulsasse as abelhas que destruíam os botões das roseiras, antes que eles desabrochassem. Naturalmente, não me esqueci de dizer as razões: eu deveria oferecê-las à Virgem Maria.
Não fui atendido.
Não sei se as abelhas cortavam. Sei que deixavam umas bolinhas negras e os botões não desabrochavam. Secavam antes de se transformarem em flor.
Certo domingo, indo à missa com minha esposa, levei uma garrafinha de água mineral, ao que ela questionou: “O padre não gosta do barulho de garrafas durante a missa.” Não é para beber. Respondi. É para pedir ao padre pra benzer a água.
Terminada a missa, aproximei-me do sacerdote e pedi que benzesse aquela água, pois pretendia jogar nas roseiras que cultivo para oferecer a Nossa Senhora e as abelhas estavam destruindo as rosas, quando ainda em botão.
O padre deu um sorriso meio doce como se aceitando participar da ingenuidade de minha fé e fez o que eu lhe pedia.
Já em casa, aproximei-me das roseiras, lancei sobre elas a água benta e disse a meio-tom: “ Jesus! as abelhas chien estão destruindo as rosas que cultivo para Vossa Santíssima Mãe e minha Mãe! Já me queixei para meu anjo da guarda e ele não tomou providências. Você vai deixar que elas continuem destruindo as rosas de sua mãe?” Disse isso e retirei-me confiante de que Jesus ia dar um jeito naquela situação.
As abelhas desapareceram e nova produção de rosas surgiu em abundância.
Era isto que eu tinha para contar. Talvez mais um pouco.
Para situar o fato no tempo e espaço devo dizer que, neste dezessete de dezembro de 2019, entrei em meu escritório, para contar a história do dia em que "dedurei meu anjo da guarda. Liguei o computador e fiz as orações como de costume: sinal da cruz, invocação do Espirito Santo, Oração do Anjo de Portugal, e outra ao Espírito Santo, pedindo inspiração sobre o que pensar, dizer, calar, escrever e agir.
Olhei à esquerda e contemplei a estampa do Sagrado Coração de Jesus, do Imaculado Coração de Maria e de São Padre Pio, do qual sou devoto. E repeti trecho de uma oração por ele mesmo deixada: “Fica Senhor comigo, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.”
Neste ponto, a tela do computador já estava aberta e mostrava no canto inferior direito uma chamada/notificação da Associação Regina Fidei com os seguintes dizeres: “ACHO QUE O PADRE PIO QUER QUE FALEMOS DOS ANOS...”
Foi aí, então, que escrevi este fato real, vivido e vivenciado que estava em minha memória e eu não tinha certeza se deveria escrever.
Você que se assustou quando eu disse que "dedurei"
meu anjo custódio, não pense que ele foi punido. Ele sabia que essas coisas iam acontecer. Sabia também que era vontade de Jesus ter aquela conversa comigo, para que reconheçamos que Jesus nada nega à sua mãe.
Sem dúvida, o anjo poderia ter expulsado as abelhas, mas preferiu levar minhas queixas até Jesus que agiu prontamente, em honra e amor a Sua Mãe.
E onde entra São Padre Pio nesta história?
Padre Pio entra suscitando em mim o desejo de falar sobre os anjos. Ele recomendava aos seus dirigidos espirituais:
“ ... não se esqueça desse companheiro invisível [o Anjo da Guarda], sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso…”
Obrigado Jesus! Obrigado meu anjo da guarda.Obrigado, São Padre Pio.