ÁRVORES ENFEITADAS

Nesta época do ano elas estão por toda parte. Nas casas, nas praças, estabelecimentos comerciais, órgãos públicos e por aí vai. Algumas decoradas de modo requintado, outras de forma bastante singela, sem falar naquelas diferenciadas, estilizadas, etc. Ironicamente, esses dias vi num comércio uma construída com litros de cachaça, onde no litro do topo, que corresponderia ao alto do pinheiro, colocaram, enfeites natalinos em forma de sinos. Pois é, se as festividades natalinas se referem ao nascimento de Cristo, onde uma árvore enfeitada entra nessa história? É preciso entender que o hábito de enfeitar árvores é bem mais antigo que o próprio natal, se examinarmos a história dos povos descobriremos que praticamente todas as culturas e religiões pagãs usavam enfeites em árvores para celebrarem a fertilidade da natureza. A árvore enfeitada foi só mais um dos tantos elementos pagãos, “cristianizados” ao longo da história da fé cristã.

De qualquer modo, não quero aqui discutir se devemos ou não ter uma árvore enfeitada ou vermos nelas qualquer relação com o Cristianismo. Prefiro lembrar a todos de outras árvores, bem mais importantes e intimamente relacionadas à verdadeira fé cristã. Quero lembrá-los de pelo menos três:

A primeira está logo no inicio das escrituras, a árvore do conhecimento do bem e do mal, plantada no meio do Éden, conforme lemos em Gênesis 2:16-17. Aquela árvore foi o instrumento utilizado pelo Criador para provar a sua criação, se no uso de seu livre arbítrio escolheria obedecer ou não a Ele. Foi exatamente debaixo daquela árvore que na pessoa de nossos primeiros pais, nós pecamos e quebramos a comunhão com Deus, nos separamos dele e assim fomos destituídos da sua glória

A segunda árvore aparece nas escrituras já cortada e transformada num instrumento de suplício e morte. Pregado nela, o Filho de Deus trouxe a solução para o maior problema da humanidade, o pecado, contraído debaixo da primeira árvore. Lemos em 1 Pedro 2.24 “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados”.

Finalmente, a terceira árvore aparece no final das escrituras. Ela é o resultado daquilo que foi realizado sobre a segunda como solução para o que aconteceu debaixo da primeira. É a arvore da vida. Ela estará no centro da praça da cidade celestial, como lemos em Apocalipse 22.2-3 “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição”. Sim, uma árvore será um dos símbolos do estado eterno, onde aqueles que creram em Jesus Cristo viverão ao seu lado eternamente.

Pra encerrar, por mais que admiremos a beleza das árvores enfeitadas desta época do ano, logo elas serão desmontadas, desligadas, retiradas de cena. Ainda assim, nossas histórias continuarão intimamente relacionadas às três árvores que acabei de citar. Não podemos fugir do fato de que o pecado afetou a todos. Não podemos negar que somente e exclusivamente em Cristo temos a solução para este grave e terrível mal e somente nele poderemos desfrutar da vida eterna concedida por sua graça e misericórdia.