Espelho da autocritica
De frente de um espelho vejo um estranho. Um mero reflexo? Talvez!
Ali a transitoriedade é marcada pelos traços que se modificam. Inevitavelmente, o processo contínuo de mudanças acontece. Podia ser diferente? Não, não dá pra ser diferente! Ele é uma metamorfose ambulante. Ele é o resultado de transformações internas e externas, trazidas pela força vital do tempo. Ele olha pra si com um olhar distraído. Ele busca como garantir a perfeição de sua essência, para completar com êxito a própria existência.
Um desconhecido está diante do espelho, com esperança de encontrar-se consigo mesmo. Mas não consegue. Ali, diante do espelho, sua ótica alcança somente sua exterioridade. Para realizar tal façanha, ele precisará interiorizar-se. Refletir. Dobrar-se diante de si. Discutir intrinsecamente, consigo mesmo, o que precisa ser melhorado, mexido, para fazer melhor o que precisa ser feito. Seu presente é reflexo do seu passado. Seu futuro será reflexo do seu presente. É alterando o contexto do próprio pensamento que o padrão da realidade poderá ser modificado. E, para isso, refletir é essencial para existir melhor.