Fundei uma Ditadura!
Acordei decidido.
Cansado de viver, acordar e somente pagar contas e mais contas que nunca se findam de chegar mês após mês resolvi criar a minha própria revolução e: fundei uma ditadura.
A primeira regra é: nunca reclamar.
Assim, ao chegar ao trabalho, necessário à sobrevivência da família, fui dizendo bom dia e cumprimentando a todos. Mesmo os que, a princípio, não queriam, insistia dia-a-dia até que cedessem ao meu sorriso e caloroso aperto de mão. A ditadura dava seus primeiros passos para ganhar o mundo.
Não satisfeito, querendo expandir meus domínios, procurava ouvir os tristes, os isolados, os de alguma forma discriminados pelos demais. Então, entre os que estavam próximos, fui acolhendo os sofredores, os que possuíam dores e rasgos incríveis na alma e, fraternalmente, passei a visitar suas casas levando o apoio amigo e ofertando o ombro para o necessário choro.
Começava a pregar coisas absurdas como a ¨fé na vida¨ e o ¨perdão ao próximo¨.
Logo, havia uma pequena multidão comigo.
Nos intervalos para o almoço, passamos a fazer juntos e a discutir o que poderíamos fazer para tornar nosso ambiente de trabalho e nas nossas casas cada vez melhor.
Além de não reclamar, passamos a estimular os outros a crer na sua filiação divina.
Foi aterrador.
Cada vez era maior o número de pessoas a acreditar no futuro, no seu destino superior.
Entendemos e passamos a viver como se a vida fosse, e de fato é: eterna!
As dores do coração, a melancolia, a preguiça, o orgulho e o egoísmo eram radicalmente extintos pelos seguidores da ditadura. E enquanto derrotávamos nossos monstros interiores, mais gente se erguia querendo saber e usar o nosso segredo em prol de si mesmos. O outro, e a sua felicidade, eram mentas coletivas.
Íamos a enterros, velórios, hospitais e falávamos das coisas boas do mundo e da vida estimulando os irmãos da Terra a seguir em frente.
Metralhávamos os inimigos com rajadas de compreensão.
Estendíamos aos famintos da alma tapetes de ternura.
Mutilávamos as dores com abraços e palavras gentis.
Impunhamos o sorriso, a gentileza e a cordialidade sem trégua.
O batalhão era incansável na melhoria de si mesmo e no apoio ao outro.
Não cansávamos, pois nossa força vinha da nossa fibra interna ligada à infinita fonte que nunca dorme, que guia nossos sonhos e, frequentemente, nos faz agir de modo que não compreendemos.
Fomos perseguidos, injuriados e difamados. Não importava. Derramávamos ondas maciças de esperança em bombas atômicas de perdão.
A ditadura enfrentou dificuldades, mas fomos vencendo e, um dia, quando o sol raiou, o mundo era nosso.
Nascerá a HUMANICIDADE.
Um sentimento de cidania universal e de filiação transcendente, cósmica, perpétua e plena.
O outro e eu somos um!
O amor vencera e a ditadura do bem maior, enfim, predominara!
Está escrito!
Cansado de viver, acordar e somente pagar contas e mais contas que nunca se findam de chegar mês após mês resolvi criar a minha própria revolução e: fundei uma ditadura.
A primeira regra é: nunca reclamar.
Assim, ao chegar ao trabalho, necessário à sobrevivência da família, fui dizendo bom dia e cumprimentando a todos. Mesmo os que, a princípio, não queriam, insistia dia-a-dia até que cedessem ao meu sorriso e caloroso aperto de mão. A ditadura dava seus primeiros passos para ganhar o mundo.
Não satisfeito, querendo expandir meus domínios, procurava ouvir os tristes, os isolados, os de alguma forma discriminados pelos demais. Então, entre os que estavam próximos, fui acolhendo os sofredores, os que possuíam dores e rasgos incríveis na alma e, fraternalmente, passei a visitar suas casas levando o apoio amigo e ofertando o ombro para o necessário choro.
Começava a pregar coisas absurdas como a ¨fé na vida¨ e o ¨perdão ao próximo¨.
Logo, havia uma pequena multidão comigo.
Nos intervalos para o almoço, passamos a fazer juntos e a discutir o que poderíamos fazer para tornar nosso ambiente de trabalho e nas nossas casas cada vez melhor.
Além de não reclamar, passamos a estimular os outros a crer na sua filiação divina.
Foi aterrador.
Cada vez era maior o número de pessoas a acreditar no futuro, no seu destino superior.
Entendemos e passamos a viver como se a vida fosse, e de fato é: eterna!
As dores do coração, a melancolia, a preguiça, o orgulho e o egoísmo eram radicalmente extintos pelos seguidores da ditadura. E enquanto derrotávamos nossos monstros interiores, mais gente se erguia querendo saber e usar o nosso segredo em prol de si mesmos. O outro, e a sua felicidade, eram mentas coletivas.
Íamos a enterros, velórios, hospitais e falávamos das coisas boas do mundo e da vida estimulando os irmãos da Terra a seguir em frente.
Metralhávamos os inimigos com rajadas de compreensão.
Estendíamos aos famintos da alma tapetes de ternura.
Mutilávamos as dores com abraços e palavras gentis.
Impunhamos o sorriso, a gentileza e a cordialidade sem trégua.
O batalhão era incansável na melhoria de si mesmo e no apoio ao outro.
Não cansávamos, pois nossa força vinha da nossa fibra interna ligada à infinita fonte que nunca dorme, que guia nossos sonhos e, frequentemente, nos faz agir de modo que não compreendemos.
Fomos perseguidos, injuriados e difamados. Não importava. Derramávamos ondas maciças de esperança em bombas atômicas de perdão.
A ditadura enfrentou dificuldades, mas fomos vencendo e, um dia, quando o sol raiou, o mundo era nosso.
Nascerá a HUMANICIDADE.
Um sentimento de cidania universal e de filiação transcendente, cósmica, perpétua e plena.
O outro e eu somos um!
O amor vencera e a ditadura do bem maior, enfim, predominara!
Está escrito!