A tolice de amar.
Meu assunto favorito é o amor, claro a libido também me enche os olhos, depois de muito refletir, cheguei a conclusão: o amor é uma tolice inevitável.
Parece uma conclusão óbvia, entre os poetas, artistas abstrativos e otimistas, porém para mim, um simples amador, essa revelação se deu como "Eureka". Sim, eu sei, o amor é um assunto popular e exaustivo, porém nunca cansativo o suficiente, amar é vender a alma, ou entrega-la sem, ou por qualquer valor.
Quando no estado amor, a entrega é natural e sorrateira, é uma traição do coração, sem nenhum benefício a não ser a completude do ser. Amar, exige um comprometimento quase divino, onde o perdão e a tentação são companheiros de copo, vinho e paixão.
Este sentir, nos torna viciados, amar é quase tão bom quanto falar sobre ele, se declarar apaixonado é, quando dito pela primeira vez, cair e tentar se segurar por alguns segundos até se deparar com a queda, machuca, sangra, marca a pele, cicatriza, te faz mais forte.
Vive por mais alguém te mostra: o globo é perigoso! Temer a esquina mais próxima, os assombros, as mentiras, as rotinas, os ciúmes e as manias, mostram o horror de se quer imaginar não ter mais aquilo.
Se for tomado, revelará a sua pior verdade, te coloca em penúria urticante, o sofrimento é quase unânime, entorpecer-se, parece à única solução.
O tempo é um remédio demorado, seu efeito é brando, cabe recaídas no tratamento. Indagar outras opções como: se embriagar de um novo amor, se afogar em luxúria ou em outros pecados, são ideias cada vez mais interessantes, que esperar o tempo fazer o seu trabalho.
Independente do que acontecer, que caminho você escolher, nada e eu digo nada, vai tirar a lembrança do tolo feliz que foi um dia.