CHOSE DE LOQUE
QUANDO LI ALGUMAS matérias sobre o novo presidente da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), o "maestro" Dante Mantovani, me lembrei de um personagem de Jô Soares no Viva o Gordo, salvo engano era Sebá, o último exilado em Paris, que quando telefonava para a mulher eesta o atualizava com as notícias do Brasil, ele repetia: - Chose de loque!, você não quer que eu volte Madá.
Sei não, mas essa nomeação é meso chose de loque, o fim da picada, algo surrealista. O nomeado é discípulo fanático de Olavo de Carvalho e faz parte da Cúpula Conservadora das Américas, é também um Youtuber e tem seis mil inscritos onde faz comentários sobre música erudita e, principalmente, disserta sobre teorias da conspiração. Vamos a um exemplo, ele diz que o rock leva às drogas e como consequência, pasmem, ao satanismo. Disse:
"O rock ativa a droga, que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo".
Ele acredita e compartilha a teoria que os Beatles colocaram em prática a ideia da Escola de Frankfurt para destruir o capitalismo.
Outra vítima da teoria do novo presidente da Funarte, o "maestro" Montovani, é o saudoso cantor americano Elvis Presley que, segundo ele, fez parte de um experimento soviético para "destruir a juventude".
Regeu o "maestro":
"Nos anos 50, apareceu um tal de Elvis Presley, que fazia todo mundo cantar e dançar, sacolejar, balançar o quadril. né. Todo mundo amava esse cantor. Começou a ser introduzidos certos comportamentos. O Elvis Presley morreu de over dose, né".
Um sujeito desses não pode ser titular de um órgão importante, é um maluco fascista. Só vai relembrado Sebá: -Chose de loque, você não quer que eu volte, Madá". Ah, Brasil. Inté.