ANTONIO SALLA
Antonio Salla Sobrinho, conhecido como Salla, é um desses
amigos certos das horas incertas. Pequenino no porte, esse
homem/irmão torna-se um gigante toda vez que precisamos dele.
amigos certos das horas incertas. Pequenino no porte, esse
homem/irmão torna-se um gigante toda vez que precisamos dele.
Conheci-o ainda na juventude, quando ele, um pouco mais velho,
possuía um chevette verde, com uma faixa branca, que à época
era sensação da cidade.
Salla tinha cabelos compridos, andava na moda e namorava
todas.
Lembro-me quando ele começou namorar a Cidinha, moça linda
que desabrochava na tenra idade.
Logo depois, eles casaram-se e, logo a Cidinha foi trabalhar no
Fórum juntamente comigo. Passado algum tempo, o Salla passou
no concurso e ingressou no Tribunal de Justiça e, a partir daí
começamos nos aproximar.
Amigo irmão mesmo. Sem frescuras e sempre atento aos amigos.
Temos divergências profundas e nesses quase 30 anos, nunca
discutimos.
Aprendemos a respeitar as diferenças e, normalmente, elas
servem para um tirar muito sarro da cara do outro.
Ele, por exemplo tem o grande defeito de torcer pelo corinthias e
eu sou santista. rsrsssss.
Temos em comum o amor pelo “Bee Gees”. Ele mais que eu,
lógico.
Ele detesta poesias e vive me enchendo o saco. Mas nunca
xingou quando a Cidinha, mulher dele, corrigiu todas minhas
composições dos 4 livros e fez todos prefácios. A maior
incentivadora das minhas composições.
Mas voltando ao Salla. Quando fui parar no Pronto Socorro ele
logo apareceu, fez questão de me levar para o Hospital.
Chegando lá brincava com todos e tirava sarro falando para as
enfermeiras pedirem para o médico aproveitar e fazer uma
“lipoaspiração” em mim, porque estava gordo demais.
Mas eu sabia como estava o coração daquele homem-menino.
Percebia o seu nervosismo todo. Um dos meus filhos notou e
depois comentou comigo dizendo “Pai fiquei preocupado com o
Tio Salla, ele estava mal”. Sorri e disse: “Ele é assim
mesmo, ficou dando uma de forte, mas eu percebi como ele
estava nervoso também”.
Esse é o Salla. Aquele cara que sei que posso ligar a qualquer
hora e ele virá, resmungando (porque ele está ficando velho e
insuportavelmente ranzinza rssssss) , mas virá.
Amigo irmão de todas as horas.
Aliás, ele e a Cidinha formaram uma linda familia, uma deliciosa
familia.
Um dia farei ele deixar de torcer pelo Corinthias para tornar-se
perfeito.
Assim quis homenagear ele, amigo, irmão, companheiro.
Esse é o Salla.