REMINISCÊNCIAS INFANTIS
Quando se é criança, geralmente, nunca nos importamos como será o nosso futuro e muito menos o dos nossos coleguinhas de folguedos. Só o presente nos interessa. O objetivo da criança é apenas correr atrás de bola, brincar de esconde-esconde, pega- pega e assim por diante. Nem passado e muito menos futuro faz parte da mente infantil. Enquanto isto, o estudo parece ficar em segundo plano, mas por pouco tempo. A partir
que este vai passando, o modo de viver e encarar a vida da criança também vai mudando, vai se transformando, paulatinamente. Não demora muito, os colegas de brincadeiras também vão mudando de lugar e assim vamos levando a vida cada um ao seu modo. Depois de algum tempo, quando há um reecontro surge uma famosa admiração recíproca: “Nossa, como você cresceu?” Ou então: “Você está bem diferente também!”. E assim por diante. Isto sem falar na parte intelectual, como por exemplo, o que está estudando, os cursos que fez ou não e quanto o trabalho, vocação etc.
Fiz este preâmbulo só para citar um caso que aconteceu comigo e um colega de infância. Neste caso particular, quando eu fiquei sabendo da existência deste antigo colega, ele já estava casado e, infelizmente, já estava preso por cometer um assassinato. Imediatamente, veio à minha memória que, quando éramos colegas de infância, sem mais nem menos, eu ganhei dele uma pequena faca, por sinal, bonita, com bainha e tudo e depois que meus pais descobriram aquele “presente de grego”, deu fim e ainda prometeu me dar uma surra por guardar algo perigoso. Quer dizer, desde pequeno aquele garoto, hoje um homem feito e assassino, já carregava consigo más intenções, ou seja, já era dotado de uma personalidade violenta e má. Depois disto, nunca mais ouvi falar naquela pessoa e só tive dó das crianças, seus filhos e agora também órfãos de mãe também.