UM TOLO SÓ DIZ TOLICE ("O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo porque tem que dizer alguma coisa". Platão)
Hoje, mais uma vez irritado contra Deus a ponto de lhe dizer tolices: "Senhor, porque permitiste isto na minha vida?"
Naquela ocasião, estava me sentindo o Jó sofredor em meio a meus "amigos " avarentos e fanáticos, discutindo minha enfermidade que me debilitava. Estava eu a ouvi-los, sentido o peso da culpa: era um mecânico autônomo; um serralheiro bem sucedido; e um que se dizia profeta, amigo particular de Deus. E depois das acusações deles, formulei questões difíceis para mim, porém se contradiziam nas várias tentativas fracassadas de me explicar. Assim, insatisfeito, fui confirmando o que eu já sabia: que o juízo de Deus é justo; o errado não pode ficar sem correção. E ali não era somente eu o "bode expiatório", tinha também o "bode para Azazel". Então, não pude chegar a outras razões, fiquei alternando sobre o quê me disseram, senão: Eu estou sendo castigado por causa dos meus pecados e sofrendo as consequências naturais de minha própria tolice; ou estou sendo testado para edificar a minha fé; ou Deus está simplesmente manifestando a Sua própria glória na minha vida! Sendo uma coisa ou outras, religião se discute, sim.
O objetivo desse autoexame de consciência e atitude forçada é o sumo precioso do tempo empregado naquela conversa para não se deixar perder e nem, finalmente, fechar os sentidos que percebem as lições de Deus. Tomara que seja realmente um ato de Deus, o necessário e suficiente, que possa me levar a submeter-me humildemente e me regozijar nessas possíveis razões. Mas, como? Se minha conclusão última, foi a certeza de que Deus não precisa de fé de ninguém para fazer seu trabalho a favor de quem quer que seja! Porque eu estou bem e duvido de tudo. CiFA.