ASSÉDIO NÃO ACONTECE TODO O DIA.
É isso mesmo. Infelizmente, depois do estardalhaço que a imprensa fez com relação a uma atitude espúria, irresponsável e nojenta de um elemento que se masturbou, sujando a roupa de uma jovem no interior de um coletivo, agora todo o cuidado é pouco. Porém, não é por que aconteceu tal fato que os homens agora passam a ser vilões no dia a dia e, quando menos se espera eis que aparece um fato parecido de abuso, que após averiguação mais séria, perceber-se-á que se trata apenas de uma acusação fútil de uma jovem que pretendia aparecer, principalmente, quando nota a presença de alguém com câmera, gravando algo em alguma estação do metrô ou de trem.
Dirigia-me ao médico num dia normal, porém com o metrô, como sempre, bem lotado por causa do horário de pico - sete horas da manhã - quando começou um pequeno tumulto no interior de um vagão, entre as estações São Joaquim e Vergueiro. Logo deu para perceber que se tratava de um alguém que tentara abusar de uma mulher, pois esta começou logo a gritar, chamando a atenção de todos os passageiros daquele ambiente. Mesmo o acusado tentando se esquivar e negando qualquer tipo de bolinação, a suposta vítima insistia em dizer que fora encostada de maneira suspeita e maliciosa. Acontece que, conforme todos nós ali já tínhamos percebidos, aquele trem parecia que estava operando com algum problema técnico, mecânico, etc. Pois, amiúde, parava fora das estações e arrancava de maneira brusca, agindo assim várias vezes. Talvez, quem sabe, numa destas partidas ou paradas repentinas, devido a lotação, contra a vontade alguém se esbarrava ou tocava em outra pessoa, ficando numa situação delicada e duvidosa.
Quando o trem parou na próxima estação, ao perceber, coincidentemente, que havia alguém filmando algo naquele ambiente, aquela jovem aproveitou para fazer o seu teatro e começou a apelar, querendo ser filmada de qualquer maneira. Só que a estas alturas do seu desespero e para a sua frustração, ninguém naquela estação lhe deu a atenção que ela achava que ia ter. Pois, imediatamente, o trem deu partida e quase ninguém ficou ao seu lado para tentar ouvir ou muito menos contar alguma lorota. E ninguém deu muita atenção ao fato, porque logo todo o mundo percebeu que o que ela queria mesmo era chamar a atenção e ter os seus cinco minutinhos de fama. Só que o tiro saiu pela culatra. Inclusive, as pessoas que estavam filmando eram apenas estudantes que faziam um trabalho para a escola, o que ela deve ter confundido com alguma emissora de televisão, coitada.