PELA BRISA: ONTEM OS SINOS, HOJE OS FUZIS

Por aqui nem sempre a brisa ou vento sopram ao oeste, mas desde ontem ela tem nos acariciado.

Ontem ela alternou-se de noroeste ao sudoeste, então trouxe-nos os chamados dos sinos, das Nossas Senhoras que nos rodeiam em proteção: Nossa Senhora da Medianeira, Nossa Senhora da Saúde e Nossa Senhora da Glória, O som dos sinos embora não pareçam uma melodia,trazem-me tranquilidade, gosto deles e parece-me que não são poucos os que gostam. Os santos estão para todos os lados, mesmo a despeito de que enxerga os defeitos de sacerdotes, como se fossem das santidades.

Hoje uma brisa mais forte trouxe aos ouvidos o som de disparos de armas de fogo, de alguma linha de tiro, das imediações, possivelmente lá da Avenida Silvado, então voltei mais de quarenta anos no tempo. Senti o cheiro de pólvora, o coice da soleira do fuzil Mauser 7 mm, da caneta que podia ser de qualquer cor, enfim, a obreia iria cobrir o estrago e do desespero do xerife para manter a ordem!