Três faces da mesma deusa
Afrodite, para os gregos antigos, representava a deusa da beleza, sendo responsável por diversas questões relevantes no mundo terreno, tais como o amor, a reprodução e a alegria. Mas, era representada de diferentes formas, possuindo três faces.
Afrodite era tão popular que mesmo hoje continua a ser lembrada, inicialmente era considerada apenas uma, mas, com a evoluçãoe, em face das dúvidas em relação ao seu nascimento, passaram a ter outras interpretações.
Como deusa da mitologia grega era pessoalmente responsável pelo amor, beleza e sexualidade. Sendo quem zelava pela procriação humana,prazeres e alegria da humanidade.
Conta-se que na Grécia Antiga, Cronos cortou os testículos de Urano e os jogou no mar, surgindo assim Afrodite. Já outros defendem que, em verdade, seria filha do deus supremo, Zeus com Dione. Segundo a mitologia, Afrodite jamais fora infanta, nascendo já em plena fase adulta e aparecendo normalmente completamente nua. Era vaidosa, sedutora e charmosa.
Quando então, teve filhos, apresentava grande afeição por eles, chegando a participar de batalhas para proteger seus herdeiros. Em outras versões mitológicas, fora retratada como extremamente temperamental.
Afrodite, então, passou a ser chamada de diversas formas, já que o modo como a cultivavam variava conforme a cidade grega. Assim, para os gregos, essa deusa, bem ao lado de Apolo eram as representações de beleza ideal, sendo desenvolvidas variadas versões durante a Idade Contemporânea. Mesmo, hoje em dia, existem milhares de seguidores do neopaganismo1 e que continuam a ser influenciados por Afrodite.
Pesquisadores apontam que o culto à Afrodite tão praticado na Grécia Antiga era originário da Ásia, devido as influências de Astarte, na Fenícia. Mesmo em outras civilizações, existem representações parecidas, com as mesmas características, mas outros nomes. Destacamos Ishtar2, da Baixa Mesopotâmia e a deusa Vênus, seguida pelos romanos que vieram algum tempo depois.
Ao final século V a.C., provavelmente devido as inconstâncias em relação ao seu surgimento, os filósofos gregos passaram a considerar que Afrodite em duas deusas distintas, a saber; Urânia e Pandemos.
A primeira, seria a filha de Urano, já a segunda era filha de Zeus. Era retratada como representação do corpo e da alma, enquanto que a outra era tida como o amor físico. Existindo, ainda, uma terceira fase, conhecida por Afrodite Apostrófia.
Afrodite Urânia é capaz de distribuir o amor universal, revelando-se doce e bela e servindo para dar beleza ao mundo. É a deusa do céu, das estrelas e do amor celestial. Sendo considerada uma provedora amorosa, semelhante a Inanna, da cultura mesopotâmica, onde
era adorada pela fertilidade.
Servia também para diferenciar, representando o amor celestial das questões físicas. O filósofo Platão dizia que era filha do deus Urano,
enquanto para os árabes, contava com semelhanças em relação a deusa “Alitta”.
Afrodite Pandemos era ligada às questões carnais, sexuais, físicas e materiais. Segundo os povos que seguiam tal tradição, é quem oferecia prazeres ao corpo humano, trazendo ainda o desejo de querer cada vez maior beleza.
É a deusa do conteúdo sensual. Em sua versão celestial, era representada por uma tartaruga, devido a sua castidade, na terra era representada por um bode. E, segundo a mitologia, seria a mãe de Eros, junto com o deus Hermes. Afrodite Pandemos teria sido flagrada na cama, traindo seu marido Hefesto, depois recuperou sua virgindade no mar de Pafos.
Afrodite Apostrófia é terceira faceta, representa o lado destruidor e sendo a parte mais complexa e menos conhecida. Significa literalmente aquela que se afasta, provavelmente em busca da beleza, como as pessoas realizam procedimentos estéticos com tal objetivo.
Afrodite Apostrófia seria capaz de auxiliar a humanidade em relação a paixão pecaminosa, fazendo com que este não se desviasse do amor puro, respeitando e não caindo em desonra. É um deusa que deturpa e escraviza em busca da magreza, deixando muitos anoréxicos ou bulímicos.
A versão mais conhecida e popular em relação ao nascimento de Afrodite foi contada por Hesíodo, indicando que o titã Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e jogou no mar, assim, da espuma formou-se Afrodite. Mas, antes disso, o poeta Homero dizia que ela seria filha de Zeus e Dione. E, foi apenas na época de Platão, cerca de 300 anos depois, que
conseguiram solucionar a questão.
Assim, passou-se a mencionar que Afrodite possuía dois aspectos diferentes. Onde Afrodite Urânia era conhecida como amor celestial enquanto que Afrodite Pandêmia ou Pandemos representava o amor físico. Tendo ganhado particular popularidade na suposta Guerra de Troia, entre 1.300 a.C., e 1.200 a.C., protegendo aquela cidade e os amantes Helena e Páris.
A lenda que envolve Afrodite e seus filhos representam, em verdade, as faces do amor humano. E, alguns buscavam apenas sexos e, outros, realmente desejam se envolver com outra pessoa.
O mito narra que a deus nutria muitos amores, traindo diversas vezes seu marido. Já que era tão bela, que todos os deus do Olimpo desejavam conquistá-la.
Zeus fez com que ela se casasse com Hefesto, pensando que acabaria com essa disputa. Ele era feio e não fazia muito sucesso com as mulheres. Quando se casaram presentea esposa com um cinturão mágico3, que o próprio havia desenvolvido com as suas habilidades forjadoras. A ideia era que ela se defendesse de outros deuses, mas utilizou para outra coisa.
A lenda conta ainda que Afrodite se envolveu amorosamente com Apolo, Dionísio, Hermes e Ares. O último, foi o seu preferido, com quem teve vários filhos, incluindo o deus da paixão Eros.
Nota de rodapé.
1. O neopaganismo é um termo utilizado para identificar uma grande variedade de movimentos religiosos modernos,
particcularmente aqueles influenciados pelas crenças pagãs pré-cristãs da Europa.
Há grande diversidade, com vasta gama de crenças, incluindo o politeísmo, o animismo, panteísmo e outros paradigmas. Muitos neopagãos praticam uma espiritualidade que é completamente moderna em sua origem, enquanto outros tentam reconstruir precisamente ou reviver antigas religiões como são encontradas em fontes históricas e folclóricas.
A maior parte das religiões neopagãs são tentativas de reconstrução, ressurgimento ou - mais comumente - adaptação de antigas religiões pagãs, principalmente as da antiguidade pré-cristã européia, mas não restritas a estas, sem perder de vista as experiências e as necessidades apresentadas pelo mundo contemporâneo.
2. Ishtar é deusa dos acádios, congênere das deusas Inana doos sumérios, Astarte dos fenícnios, asterote dos filisteus e Ísis dos egípcios. Mais tarde, tal deusa também fora assumida pela mitologia nórdica como Easter,
a deusa do amoor. É irmã gêmea de Samas e filha do importante deus Lua - Sin, e é representada pelo planeta Vênus.
3. O cinturão ou simplesmente o cinto, atado em torno dos rins, por ocasião do nascimento, religa o um ao todo, ao mesmo tempo que liga o indivíduo. Toda a ambivalência de sua simbólica está resumida nestes dois verbos, ligar e religar. Religando, o cinto dá maior segurança e tranqüilidade, reanima, transmite força e poder; ligando, acarreta, ao revés, a submissão, a dependência e, por conseguinte, a restrição, escolhida ou imposta, da liberdade.
Materialização de um engajamento, de um juramento, de um voto feito, o cinto assume um valor iniciático, sacralizante e, materialmente falando, torna-se uma insígnia visível, as mais das vezes honrosa, que traduz a força e o poder de que está investido seu portador.
Para não multiplicar os exemplos, é bastante observar as “faixas” dos judocas, de cores variadas e significativas, os cinturões, em que se penduram as armas e os inumeráveis cintos votivos, iniciáticos e de aparato, mencionados pelas tradições e ritos de todas as culturas.
Afrodite era tão popular que mesmo hoje continua a ser lembrada, inicialmente era considerada apenas uma, mas, com a evoluçãoe, em face das dúvidas em relação ao seu nascimento, passaram a ter outras interpretações.
Como deusa da mitologia grega era pessoalmente responsável pelo amor, beleza e sexualidade. Sendo quem zelava pela procriação humana,prazeres e alegria da humanidade.
Conta-se que na Grécia Antiga, Cronos cortou os testículos de Urano e os jogou no mar, surgindo assim Afrodite. Já outros defendem que, em verdade, seria filha do deus supremo, Zeus com Dione. Segundo a mitologia, Afrodite jamais fora infanta, nascendo já em plena fase adulta e aparecendo normalmente completamente nua. Era vaidosa, sedutora e charmosa.
Quando então, teve filhos, apresentava grande afeição por eles, chegando a participar de batalhas para proteger seus herdeiros. Em outras versões mitológicas, fora retratada como extremamente temperamental.
Afrodite, então, passou a ser chamada de diversas formas, já que o modo como a cultivavam variava conforme a cidade grega. Assim, para os gregos, essa deusa, bem ao lado de Apolo eram as representações de beleza ideal, sendo desenvolvidas variadas versões durante a Idade Contemporânea. Mesmo, hoje em dia, existem milhares de seguidores do neopaganismo1 e que continuam a ser influenciados por Afrodite.
Pesquisadores apontam que o culto à Afrodite tão praticado na Grécia Antiga era originário da Ásia, devido as influências de Astarte, na Fenícia. Mesmo em outras civilizações, existem representações parecidas, com as mesmas características, mas outros nomes. Destacamos Ishtar2, da Baixa Mesopotâmia e a deusa Vênus, seguida pelos romanos que vieram algum tempo depois.
Ao final século V a.C., provavelmente devido as inconstâncias em relação ao seu surgimento, os filósofos gregos passaram a considerar que Afrodite em duas deusas distintas, a saber; Urânia e Pandemos.
A primeira, seria a filha de Urano, já a segunda era filha de Zeus. Era retratada como representação do corpo e da alma, enquanto que a outra era tida como o amor físico. Existindo, ainda, uma terceira fase, conhecida por Afrodite Apostrófia.
Afrodite Urânia é capaz de distribuir o amor universal, revelando-se doce e bela e servindo para dar beleza ao mundo. É a deusa do céu, das estrelas e do amor celestial. Sendo considerada uma provedora amorosa, semelhante a Inanna, da cultura mesopotâmica, onde
era adorada pela fertilidade.
Servia também para diferenciar, representando o amor celestial das questões físicas. O filósofo Platão dizia que era filha do deus Urano,
enquanto para os árabes, contava com semelhanças em relação a deusa “Alitta”.
Afrodite Pandemos era ligada às questões carnais, sexuais, físicas e materiais. Segundo os povos que seguiam tal tradição, é quem oferecia prazeres ao corpo humano, trazendo ainda o desejo de querer cada vez maior beleza.
É a deusa do conteúdo sensual. Em sua versão celestial, era representada por uma tartaruga, devido a sua castidade, na terra era representada por um bode. E, segundo a mitologia, seria a mãe de Eros, junto com o deus Hermes. Afrodite Pandemos teria sido flagrada na cama, traindo seu marido Hefesto, depois recuperou sua virgindade no mar de Pafos.
Afrodite Apostrófia é terceira faceta, representa o lado destruidor e sendo a parte mais complexa e menos conhecida. Significa literalmente aquela que se afasta, provavelmente em busca da beleza, como as pessoas realizam procedimentos estéticos com tal objetivo.
Afrodite Apostrófia seria capaz de auxiliar a humanidade em relação a paixão pecaminosa, fazendo com que este não se desviasse do amor puro, respeitando e não caindo em desonra. É um deusa que deturpa e escraviza em busca da magreza, deixando muitos anoréxicos ou bulímicos.
A versão mais conhecida e popular em relação ao nascimento de Afrodite foi contada por Hesíodo, indicando que o titã Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e jogou no mar, assim, da espuma formou-se Afrodite. Mas, antes disso, o poeta Homero dizia que ela seria filha de Zeus e Dione. E, foi apenas na época de Platão, cerca de 300 anos depois, que
conseguiram solucionar a questão.
Assim, passou-se a mencionar que Afrodite possuía dois aspectos diferentes. Onde Afrodite Urânia era conhecida como amor celestial enquanto que Afrodite Pandêmia ou Pandemos representava o amor físico. Tendo ganhado particular popularidade na suposta Guerra de Troia, entre 1.300 a.C., e 1.200 a.C., protegendo aquela cidade e os amantes Helena e Páris.
A lenda que envolve Afrodite e seus filhos representam, em verdade, as faces do amor humano. E, alguns buscavam apenas sexos e, outros, realmente desejam se envolver com outra pessoa.
O mito narra que a deus nutria muitos amores, traindo diversas vezes seu marido. Já que era tão bela, que todos os deus do Olimpo desejavam conquistá-la.
Zeus fez com que ela se casasse com Hefesto, pensando que acabaria com essa disputa. Ele era feio e não fazia muito sucesso com as mulheres. Quando se casaram presentea esposa com um cinturão mágico3, que o próprio havia desenvolvido com as suas habilidades forjadoras. A ideia era que ela se defendesse de outros deuses, mas utilizou para outra coisa.
A lenda conta ainda que Afrodite se envolveu amorosamente com Apolo, Dionísio, Hermes e Ares. O último, foi o seu preferido, com quem teve vários filhos, incluindo o deus da paixão Eros.
Nota de rodapé.
1. O neopaganismo é um termo utilizado para identificar uma grande variedade de movimentos religiosos modernos,
particcularmente aqueles influenciados pelas crenças pagãs pré-cristãs da Europa.
Há grande diversidade, com vasta gama de crenças, incluindo o politeísmo, o animismo, panteísmo e outros paradigmas. Muitos neopagãos praticam uma espiritualidade que é completamente moderna em sua origem, enquanto outros tentam reconstruir precisamente ou reviver antigas religiões como são encontradas em fontes históricas e folclóricas.
A maior parte das religiões neopagãs são tentativas de reconstrução, ressurgimento ou - mais comumente - adaptação de antigas religiões pagãs, principalmente as da antiguidade pré-cristã européia, mas não restritas a estas, sem perder de vista as experiências e as necessidades apresentadas pelo mundo contemporâneo.
2. Ishtar é deusa dos acádios, congênere das deusas Inana doos sumérios, Astarte dos fenícnios, asterote dos filisteus e Ísis dos egípcios. Mais tarde, tal deusa também fora assumida pela mitologia nórdica como Easter,
a deusa do amoor. É irmã gêmea de Samas e filha do importante deus Lua - Sin, e é representada pelo planeta Vênus.
3. O cinturão ou simplesmente o cinto, atado em torno dos rins, por ocasião do nascimento, religa o um ao todo, ao mesmo tempo que liga o indivíduo. Toda a ambivalência de sua simbólica está resumida nestes dois verbos, ligar e religar. Religando, o cinto dá maior segurança e tranqüilidade, reanima, transmite força e poder; ligando, acarreta, ao revés, a submissão, a dependência e, por conseguinte, a restrição, escolhida ou imposta, da liberdade.
Materialização de um engajamento, de um juramento, de um voto feito, o cinto assume um valor iniciático, sacralizante e, materialmente falando, torna-se uma insígnia visível, as mais das vezes honrosa, que traduz a força e o poder de que está investido seu portador.
Para não multiplicar os exemplos, é bastante observar as “faixas” dos judocas, de cores variadas e significativas, os cinturões, em que se penduram as armas e os inumeráveis cintos votivos, iniciáticos e de aparato, mencionados pelas tradições e ritos de todas as culturas.