Futebol: não há melhor sensação inventada* (25/11/2019)
No pais de Garrincha e Pelé, primeiro somos apresentados à bola. É o ritual de iniciação de todo menino. Ali, decidimos o que queremos ser quando crescer. Ora, subjetivamente, chutamos ainda no ventre. E, quando vestimos a camisa de um time de futebol, nós é que somos os escolhidos. O escudo bordado em cima do peito vira uma insígnia para sempre. E a cada campeonato nos tornamos mais meninos. O gol é emblemático. Extravasa as nossas emoções. O resultado pouco importa... - Semana que vem haverá outra partida. E todas são memoráveis. Não há tempo para perder. Perder é para quem não acredita. O futebol é visceral. Ele nos permite sonhar, não sofrer. - Admite-se a arrogância do campeão porque a sua glória é passageira. O futebol é uma doce ilusão que nunca acaba. Por isso, não se trata de ganhar ou perder, mas torcer. E tudo contraria a lógica. O futebol não nos torna pessoas melhores, porém não há melhor sensação inventada.