Nelson Rodrigues não dizia
Longe de ser o gênio no qual tentam transformá-lo, Nelson sem dúvida é (os bons escritores costumam ser imortais e isso independe de Academias, por isso o tempo) um bom escritor, vai daí, cito Nelson pra falar da vida; a vida como ela é.
Como primeiro passo me reacendeu a chama do observador das ruas, o fato de saber de um ator ter se mostrado tão canastrão, tão ruim na arte de representar que, ao interpretar a si mesmo foi reprovado – isso é real!
Então, como Educador e, mais que isso, como observador do cotidiano, eu venho notando que o que divide as pessoas não é cor, raça, sexualidade, diâmetro, altura, beleza ou feiura. Estas diferenças mais as unem; o que as separa é serem boas ou serem más!
O caso é que, embora o número de pessoas boas seja muito maior que o de pessoas más, estas prevalecem por serem muito mais persuasivas e as ditas boas excessivamente crédulas, isso resulta em guerras, linchamentos físicos e morais, bullyings, conluios e outros.
Não, não se trata de uma visão simplista – mesmo nas ditas boazinhas, como nas malevolazinhas, coabitam o bem e o mal. Tudo é questão de proporção e indução e isto – indução – tem mais a ver com o que abordo.
Com a história do ator, meio perdida aí no texto, quero remeter às estarrecedoras notícias que surgem a cada momento na mídia destruindo em nós, a cada momento, um pouco mais da fé no homem como se a realidade fosse tão tosca que, ao mergulharmos na idiotia coletiva, tocamos com o pé o fundo e, de repente, ainda é possível um impulso salvador.