A única certeza da vida

Odeio a morte. O mórbido, o desconhecido.

Sobre ela, poderia falar mil coisas, mas não valeriam as muitas palavras.

Ela rouba quem amamos e nunca mais podemos ver, ela leva os bons muito antes que os maus; e o mais revoltante, às vezes de forma covarde e cruel, como um câncer, um acidente.

A religião busca confortar-nos: "Ò ele tá no céu, um dia você vai encontrar".  Uma esperança, uma utopia para se agarrar.

O fato de que um cidadão a qualquer momento pode se tornar um cadáver apodrecendo, pra mim, é inconcebível.

Mas é compreensível que um dia tudo deva acabar para cada pessoa.

Então assim como sou obrigada a aceitá-la, também encontro-me no direito de viver ao máximo.