O DESGASTE DA TOLERÂNCIA
O desgaste da tolerância
Meu Deus apartai me dessa violência.
O mundo ignorante muita truculência.
Os males ganha força de imunda essência.
Tudo é vaidade plena.
A plateia em cena.
Aplaudindo cada dilema.
Tudo em torno do dinheiro.
É peito estufado e bumbum arrebitado.
O gosto da vida sem tempero.
O ego inflamado na ganância do diabo.
Se tem estabilidade financeira tem valor.
Até as drogas ganhando vida.
Dilaceração da dor.
É a prostituta pregando castidade.
A igreja diz santa e cheia de vaidade.
Dinheiro, dinheiro que malandragem.
Só quem se relaciona quem cria um padrão.
Status e mais uma vez dinheiro.
A liberdade enclausurada nessa podridão.
A gaiola está aberta por alguns cruzeiros.
Normal, é o geral, é o ciclo, é a condição.
Estou mesmo cansado, neste momento sou caixão.
Oxe, amanheceu, hoje já é amanhã, lembrei que comi da maçã
Sou pecado, sou dor, sou rebento cansado.
A elite sem pudor, corrupção e furor.
Sou eu um anseio, um tímido produto do meio.
Sou uma força escondida, o grito mudo.
Então me calo diante desse pranto imundo.
É a vida relevância.
É dança.
É lambança.
É o desgaste da tolerância.
Giovane Silva Santos