O DESGASTE DA TOLERÂNCIA

O desgaste da tolerância

Meu Deus apartai me dessa violência.

O mundo ignorante muita truculência.

Os males ganha força de imunda essência.

Tudo é vaidade plena.

A plateia em cena.

Aplaudindo cada dilema.

Tudo em torno do dinheiro.

É peito estufado e bumbum arrebitado.

O gosto da vida sem tempero.

O ego inflamado na ganância do diabo.

Se tem estabilidade financeira tem valor.

Até as drogas ganhando vida.

Dilaceração da dor.

É a prostituta pregando castidade.

A igreja diz santa e cheia de vaidade.

Dinheiro, dinheiro que malandragem.

Só quem se relaciona quem cria um padrão.

Status e mais uma vez dinheiro.

A liberdade enclausurada nessa podridão.

A gaiola está aberta por alguns cruzeiros.

Normal, é o geral, é o ciclo, é a condição.

Estou mesmo cansado, neste momento sou caixão.

Oxe, amanheceu, hoje já é amanhã, lembrei que comi da maçã

Sou pecado, sou dor, sou rebento cansado.

A elite sem pudor, corrupção e furor.

Sou eu um anseio, um tímido produto do meio.

Sou uma força escondida, o grito mudo.

Então me calo diante desse pranto imundo.

É a vida relevância.

É dança.

É lambança.

É o desgaste da tolerância.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 22/11/2019
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