O POVO QUE SE DANE!
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Rio de Janeiro, Quarta-feira, 20 de Novembro de 2019
Ficou um tanto embaralhada essa questão que envolveu a retirada de circulação de quarenta trens da Supervia, trazendo transtornos e prejuízos aos usuários, bem como causando espanto pelo inusitado da decisão. Por quê só dois ou três anos depois verificaram deficiência técnica nessas composições?
Desde algumas décadas atrás o Brasil é considerado um país sem seriedade, afirmação de um embaixador brasileiro na França, e que atribuíram ao General De Gaulle tal afirmação, mostrando que certas situações não deveriam e nem poderiam acontecer em nosso país.
E nisso há um agravante maior. O Brasil tem a condição de fabricar esses trens, tirando a necessidade e a possibilidade de se importar tal tipo de bens. Mas as coisas aqui se dão de modo oculto, onde o âmbito público é considerado uma possibilidade de sempre se locupletar, por parte daqueles que estão no poder de decisão, seja lá qual ela for.
Infelizmente essa cultura enraizou-se entre nós, criando garras profundas nesses procedimentos. E essa conversa que se ouve de que o país tem mecanismos para descobrir tramoias e afins é pura balela. Faz-se o que quer aqui, desvia-se e rouba-se dinheiro com uma facilidade fora de propósito. E nem é pouca coisa, não.
Agora, o povo que se dane!