Discriminação marca pra sempre

"...sai pra lá sua negra, tu nem é nossa irmã, tu foi achada no lixo. Olha aqui olha.."

A marca da infância era a negritude da pele, precisava ficar branca, como aqueles braços que eram constantemente comparados aos meus, pequeninos ainda.

Discriminação não é brincadeira, não é frescura e deixam marcas sim.

As feridas até secam, mas cada cicatriz ficará de um jeito. Algumas, pelos amores bem vindos, pelos aprendizados e trocas, pela fé e esperança, ficam bem delicadinhas, quase imperceptíveis. Já outras, cujas lembranças das comparações das cores da pele são constantemente mal alimentadas, vão deixando saliências, abrindo novas feridas e algumas nunca fecham.

Se um dia isso vai acabar? Não sei, mas hoje é dia de, pelo menos tentar coincientizar que se Respeitar como Ser Humano da mesma espécie, é o que o importa.

Que Deus Pai oriente nossas mentes: mais amor, por favor!

Tânia França
Enviado por Tânia França em 20/11/2019
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