CIVILIZAR-SE OU VIVER NA BARBÁRIE?

Existe ira por justiça, contra a falta de honra que se põe, por exemplo, contra os que ludibriam o povo em sua crença inocente. E tanto se viu essa ordem ruinosa na desordem que se instalou nessa nação nos últimos anos, e não há razão para não dizer que se arrasta em procissão de horrores datam anos.

Da mesma forma, repudia-se a serenidade dos que aceitam sem punição ou reação legítima, sem ira, tais condutas arraigadas nas ofensas que se banalizam por incúria dos ofendidos. É a ira legítima, compatível com o que se espera dos que caminham ao lado da lei moral, do direito natural de todos.

A vida na projeção do que seja viver, na sua representação, é saga da humanidade, história que compõe vitórias e tragédias. Muitos valores foram conquistados e estão representados, os homens vivem na diversidade de valores, o pêndulo do bem e do mal da humanidade, tudo segundo escolha que a faculdade do arbítrio lhes deu. E nessa equação pagarão, nesse planeta sofrerão as agruras de seus atos, na eternidade descerrarão os véus de suas existências.

O egoísmo e a maledicência, o ultraje, mata a alma do fraco que resulta calado nas barras dos tribunais, e o torna covarde e mentiroso, pois mente a si mesmo.O insulto veste a deficiência insepulta no culto da personalidade que aspira ser mais do que é quando nada é.

Os sentimentos que se impõem aos homens como padrão heroico de uma avaliação justa, serão sempre fragilidade aos olhos deficitários do injusto, do mau caráter.

Não se retém o ar respirado, nem se põe atalho no horizonte alcançado, nem se reduz a distância percorrida. O mau caráter é injusto, deficiente cerebral para entender o mínimo, não capta seus limites que encarceram a si mesmo, e ninguém o esclarecerá, é uma porta cerrada à compreensão, nasce assim e alguns lampejos de luz acendem o que seria um clarão, e dando um passo a mais, acanhado, pensa ter encetado uma longa caminhada.

Não lhes servem os olhos por embotada sua inteligência, pequenina e canhestra. Não sabe nem mesmo que nada trouxemos para este mundo, por este motivo nada podemos dele levar, muito menos vaidades exibidas de retóricas que ultrajam.

É preciso responsabilizar irresponsáveis, varrer da irresponsabilidade a necrose da personalidade que amplia o desserviço do ensinamento.

É impositivo situar o desrespeito para fazer respeitar. Se alguém respeita para obter retorno igual, o respeito de nada valeria, pois a todo movimento há movimento igual, maior, ou menor desencadeado. Entenda-se, estou respeitando para ser respeitado, porque vou ser respeitado, senão não respeitaria. É filosófico. Respeita-se por princípio, por agregação de civilidade. Não respeito esperando respeito, respeito por ser educado, civilizado, distante da imensidão do fosso do desrespeito, não respeito esperando respeito, se assim resultasse, meu respeito não seria respeitável, mas um respeito que pede troco, treinado para obséquios, sequioso de relevâncias e homenagens, sem espontaneidade. Por si só já é um desrespeito em gênero.

É preciso caminhar na respeitabilidade da educação mínima.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/11/2019
Reeditado em 17/11/2019
Código do texto: T6796881
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