BOLÍVIA, UMA HISTÓRIA
"Na Bolívia há um grupo que sempre mandou. Basta não gostar de alguma coisa, lá vem a revolución. Estive lá num tempo ido, para um evento social, dormimos, um dia normal...quando acordamos, no dia seguinte, o senhorio da casa anunciou na mesa do café da manhã: estava o país em revolución. Santa Cruz de La Sierra, cidade de classe média branca ou mestiça, comanda, uma terra onde os nativos não tem vez. Ninguém entra, ninguém sai, ninguém transita. Em termos. Alguns sim. O senhorio tinha uma vendinha, onde encomendavam produtos, pelo telefone. Depois de confabulações, deixaram eu sair na garupa da moto para entrega. Os guardas paravam. Motoqueiro dizia alguma coisa e seguia tranquilo. Era a revolución, destinada a mudar o resultado da eleição que acabara de acontecer. Dias antes, já tínhamos sido presos em La Paz, eu morena, com um casal de loiros, achavam que éramos espiões da eleição, americanos. Depois de pagarmos um valor, fomos devolvidos a Santa Cruz de La Sierra, com a obrigação de partirmos do País o mais rápido possível. Éramos simples turistas, estudantes brasileiros que vajamos para conhecer a "Suiça" independente da Sul América, que nossos amigos nos desenhavam. Era a revolución." DGC
Imagem: google
"Na Bolívia há um grupo que sempre mandou. Basta não gostar de alguma coisa, lá vem a revolución. Estive lá num tempo ido, para um evento social, dormimos, um dia normal...quando acordamos, no dia seguinte, o senhorio da casa anunciou na mesa do café da manhã: estava o país em revolución. Santa Cruz de La Sierra, cidade de classe média branca ou mestiça, comanda, uma terra onde os nativos não tem vez. Ninguém entra, ninguém sai, ninguém transita. Em termos. Alguns sim. O senhorio tinha uma vendinha, onde encomendavam produtos, pelo telefone. Depois de confabulações, deixaram eu sair na garupa da moto para entrega. Os guardas paravam. Motoqueiro dizia alguma coisa e seguia tranquilo. Era a revolución, destinada a mudar o resultado da eleição que acabara de acontecer. Dias antes, já tínhamos sido presos em La Paz, eu morena, com um casal de loiros, achavam que éramos espiões da eleição, americanos. Depois de pagarmos um valor, fomos devolvidos a Santa Cruz de La Sierra, com a obrigação de partirmos do País o mais rápido possível. Éramos simples turistas, estudantes brasileiros que vajamos para conhecer a "Suiça" independente da Sul América, que nossos amigos nos desenhavam. Era a revolución." DGC
Imagem: google