Amores da vida.
Sentado em uma mesa da padaria tomando meu café amargo e meu pão de queijo tipico desta região, o meu olhar mirava o parque de diversões que estava bem a minha frente, onde recordei tantos momentos mágicos e especiais. O pensamento viajou até Peter aquele que durante anos foi o meu grande amor. O questionamento me veio subitamente: onde foi que amor se perdeu? Em que ponto da estrada o amor se desfez? Nas brigas diárias de um casal jovem que tem objetivos incomuns? Onde? Como? De que forma este amor acabou?
Naquela tarde questionava se de verdade o amor ele foi insuficiente ou simplesmente uma hora ele tem que acabar pra que outros amores possam se achegar. Eis a dúvida e a decisão diária, deixar ir quem não mais tem interesse em ficar, deixar livre quem não tem mais sentimentos a serem compartilhados, uma hora o coração cansa e ai já é hora de deixar aquele lugar onde não é mais a nossa morada, aquele abraço que já deixou de ser o porto seguro, hora de desviar daquele olhar que não mais brilha porque já não ama como antes. Talvez eu nunca tenha sabido amar, ou tentei amar mas amei a pessoa errada ou ainda a pessoa era a certa, soube amar, mas como em todo ciclo era hora de acabar. Olhando pra este parque, sentado nesta cadeira, nesta cidade onde tudo é calmaria, silencio, só se escuta o barulho do vento me pego a pensar em como este amor causou tanto barulho dentro de mim, desordenou meus sentimentos, despedaçou meu coração e o que fazer agora? Ir tentar uma nova chance e correr o risco de mais uma vez se ferir profundamente ou deixar que o tempo ordene tudo aqui dentro de mim?…..
Decidi terminar de tomar o meu café amargo assim como aquele amor que estava amargando a minha vida e comer aquele pão de queijo quentinho na esperança de que outros amores possam chegar para esquentar aquele coração frio e amargo que batia dentro de mim, na certeza de que amei, amei, mas como tudo na vida uma hora passa os grandes amores uma hora também vão embora e só resta a esperança de um dia poder vivenciar mais um dos muitos amores que a vida se encarrega de nos enviar.