No amor e na guerra
Há muito se diz que no amor e na guerra tudo é possível. Assim, nunca se pode dizer: dessa água não beberei. Realmente até quem nunca amou intensamente não duvida do que o amor é capaz, faz-se loucuras de fazer corar até o cupido.
Na guerra os piores instintos da humanidade são aflorados, os horrores praticados são inimagináveis. Literalmente, aquilo que achamos ser impossível alguém praticar, se torna a mais banal de todas. Nunca é demais alertar para que busquemos sempre... sempre a paz.
Mas, há também uma nova situação que deveria ser incluída nesse mesmo conceito de coisas que se diz não fazer jamais e acaba fazendo. Trata-se de cirurgia plástica. Melhor não dizer: "nunca vou fazer uma cirurgia plástica", pois cuspir pra cima cai na cara.
Uma amiga que criticava bastante quem fazia cirurgia plástica, alegando ser algo supérfluo, em decorrência da implacabilidade do tempo mudou de ideia. Um belo dia ela me ligou pedindo oração porque faria uma cirurgia no dia seguinte. Logo pra mim que não sou boa em rezas! Pensei logo em alguma doença séria, mas depois que ela me disse que era uma cirurgia plástica, minha disposição em rezar que era zero diminui cem por cento.
Fui visitá-la durante o pós- operatório e a vi jurar pelos santos que NUNCA mais faria uma cirurgia na vida. Juramento pra mim e nada são iguais, pois mulher que chora e homem que jura é mentira pura! Passado algum tempo, ela estava esplendorosamente feliz com o resultado, e assim, resolveu fazer outra e depois mais outra cirurgia!
Uma coisa é certa, no amor, na guerra e nas cirurgias plásticas não diga "nunca farei", pois sem dúvida, a língua é o chicote da bunda.