Contemporâneo - 3 acordes e a verdade
Contemporâneo - 3 acordes e a verdade
"Ana é linda
Linda o suficiente para mim
O sol atinge a casa amarela dela
É quase um sinal de Deus"
Acho que esse poema é do Ron Padgett. Soa atual. “Ozark”, seriado norte americano criado pelo Bill Dubuque se abraça no contemporâneo, bem como a lente que causa o efeito tilt-shift, bacaninha, e o instrumento musical chamado Teremim, tocado apenas com a energia das mãos. Ficaríamos nessa lista até amanhã.
Mudança também seria quase um sinônimo.
Honestamente, detesto quando as empresas mudam o visual dos sites. Se é um sujeito que está vendendo saca rolhas para vinho em pó eu compreendo, inovar é preciso, mas quando se trata de instituições que lidam com suas necessidades básicas, normalmente o fator cronômetro está presente e fica-se ali, tateando no novo labirinto.
A gringa Camille Herron correu 270 quilômetros em 24 horas, no stop. Fala sério.
Passo a passo, ganha terreno a obviedade de que a vida é intencional, não acidental.
A pé, de bike, rodando num Fisker 2014, (último modelo a ser fabricado), usando um bracelete de ródio, assoviando música country - vem dessa vertente o mote 3 acordes e a verdade - navega-se nas dimensões recém inauguradas com maior distância da famigerada atuação de consciência tola. Embora, arre, essa última persista com tenacidade.
Fiquei menos aturdido com a notícia (não se sabe se falsa ou verdadeira...) de que o Banco do Vaticano abriga narco dólares da latina América, tipo de fumaça cujo fogo é velho, do que com o fôlego da Camille em Albi, França, que por sinal bateu o próprio recorde. Ano passado a moça correu 262 quilômetros.
E aqui gente se debatendo em tais quais: 1. Homem agride ex-namorada, é preso, é solto (pela Justiça), preso de novo, solto, termina por matá-la. 2. Criança Drag Queen: como uma nova geração desmonta papéis tradicionais de gênero. 3. Sodomia, Poligamia, Incesto, Pedofilia, sacrifício de crianças, etc., bandeiras de malucos fazendo furor, não se sabe a troco de que. 4. Toffoli intima Banco Central e obtém dados financeiros sigilosos de 600 mil pessoas. (O ítem 4 parece uma novela que jamais chegará ao fim. Pensando melhor, vale para todos os ítens).
O contemporâneo também contempla uma fonte de energia inexaurível, fluindo em cada redor, capaz de envolver a todos. Questão de escolha.
Novembro já vai terminar, que coisa, mal começou, e independente do número de acordes, alguns axiomas não são efêmeros.
Com layout obsoleto ou avançado, paz qualquer foi conquistada com violência, fé alguma jamais encontrada na escuridão.
Encerrando em duas partes essa temerária crônica, desde tempos imemoriais truísmos e sofismas se engalfinham feito gato e rato de desenhos animados. Não é hora de perder o humor. Mais de uma vez me peguei matutando que os construtores de falsidades, de tão inebriados e sem norte, não deveriam mentir quando o paramédico chegar e perguntar à queima roupa: o que você ingeriu?
Por fim, utilizando como auto retrato haikai do imortal Millôr Viola Fernandes:
É verdade
Já sou um homem
da minha idade
Contemporâneo - 3 acordes e a verdade
"Ana é linda
Linda o suficiente para mim
O sol atinge a casa amarela dela
É quase um sinal de Deus"
Acho que esse poema é do Ron Padgett. Soa atual. “Ozark”, seriado norte americano criado pelo Bill Dubuque se abraça no contemporâneo, bem como a lente que causa o efeito tilt-shift, bacaninha, e o instrumento musical chamado Teremim, tocado apenas com a energia das mãos. Ficaríamos nessa lista até amanhã.
Mudança também seria quase um sinônimo.
Honestamente, detesto quando as empresas mudam o visual dos sites. Se é um sujeito que está vendendo saca rolhas para vinho em pó eu compreendo, inovar é preciso, mas quando se trata de instituições que lidam com suas necessidades básicas, normalmente o fator cronômetro está presente e fica-se ali, tateando no novo labirinto.
A gringa Camille Herron correu 270 quilômetros em 24 horas, no stop. Fala sério.
Passo a passo, ganha terreno a obviedade de que a vida é intencional, não acidental.
A pé, de bike, rodando num Fisker 2014, (último modelo a ser fabricado), usando um bracelete de ródio, assoviando música country - vem dessa vertente o mote 3 acordes e a verdade - navega-se nas dimensões recém inauguradas com maior distância da famigerada atuação de consciência tola. Embora, arre, essa última persista com tenacidade.
Fiquei menos aturdido com a notícia (não se sabe se falsa ou verdadeira...) de que o Banco do Vaticano abriga narco dólares da latina América, tipo de fumaça cujo fogo é velho, do que com o fôlego da Camille em Albi, França, que por sinal bateu o próprio recorde. Ano passado a moça correu 262 quilômetros.
E aqui gente se debatendo em tais quais: 1. Homem agride ex-namorada, é preso, é solto (pela Justiça), preso de novo, solto, termina por matá-la. 2. Criança Drag Queen: como uma nova geração desmonta papéis tradicionais de gênero. 3. Sodomia, Poligamia, Incesto, Pedofilia, sacrifício de crianças, etc., bandeiras de malucos fazendo furor, não se sabe a troco de que. 4. Toffoli intima Banco Central e obtém dados financeiros sigilosos de 600 mil pessoas. (O ítem 4 parece uma novela que jamais chegará ao fim. Pensando melhor, vale para todos os ítens).
O contemporâneo também contempla uma fonte de energia inexaurível, fluindo em cada redor, capaz de envolver a todos. Questão de escolha.
Novembro já vai terminar, que coisa, mal começou, e independente do número de acordes, alguns axiomas não são efêmeros.
Com layout obsoleto ou avançado, paz qualquer foi conquistada com violência, fé alguma jamais encontrada na escuridão.
Encerrando em duas partes essa temerária crônica, desde tempos imemoriais truísmos e sofismas se engalfinham feito gato e rato de desenhos animados. Não é hora de perder o humor. Mais de uma vez me peguei matutando que os construtores de falsidades, de tão inebriados e sem norte, não deveriam mentir quando o paramédico chegar e perguntar à queima roupa: o que você ingeriu?
Por fim, utilizando como auto retrato haikai do imortal Millôr Viola Fernandes:
É verdade
Já sou um homem
da minha idade