Liderar é diferente de chefiar* (13/11/20190

O prefeito tem várias atribuições na sua árdua tarefa de administrar os interesses do município, dentre elas: “Ouvir a comunidade, no sentido de atender as suas necessidades”; e nada mais literal que implantar o "disque-prefeito", espalhando cartazes pela cidade.

Pergunto, é mesmo essencial? Esse charme desnecessário só denota a existência de um sistema político-administrativo frágil ao se autoproclamar: - “O Estado sou eu”.

A relação não institucionalizada, típica do populismo, não combina com Dr. Ivanes. O estereotipo de prefeito “faz tudo” é falso. Ivanes não tem carisma. Além do mais, o discurso voltado para as massas é “letra-morta” de sociedades atrasadas.

Assumir a condição de prefeito-ouvidor irá sobrecarregá-lo ainda mais, por se tratar de uma função inútil. Afinal, é dos secretários a missão de orientar, coordenar e executar as atividades dos órgãos da administração pública, por meio de suas competências e simetrias. Liderar é diferente de chefiar.

Ações carregadas de simbologias, quando não bem encenadas, ridicularizam a nós mesmos, ainda que nos deem a presunção da inocência. Não precisamos de um prefeito que dirija o carro do lixo, mas que conduza a cidade na direção da resolutividade de seus problemas recorrentes e complexos.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 14/11/2019
Reeditado em 03/12/2019
Código do texto: T6794373
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