NINGUÉM É UMA ILHA
Uma das maiores aberrações, tolices, disparates que o ser humano pode dizer é falar esta asneira: “Jamais precisarei de alguém”, ou então: “Nunca vou pedir favor algum para ninguém”. É tão fácil quanto ridículo falar estas idiotices sem pensar. Chega a ser digno de lástima, dó uma pessoa se expressar assim, principalmente se a dita cuja se encontrar em pleno estado de lucidez e sã consciência. Mesmo se tivesse num estado de embriaguez ou de num momento de raiva, ou seja, totalmente, descontrolado, fora de si. Não justificaria tal aberração. Pois frases como estas só traduzem o reflexo de mentalidade imatura, egoísta e totalmente sem coerência. Afinal, conforme já frisou o egrégio escritor Thomas Merton: “Ninguém é uma ilha”, não resta a menor dúvida que em nenhum recanto da face da terra existirá alguém que não precisa dos outros para a sua sobrevivência. E por falar em precisar dos outros, subentende-se, acima de tudo, que somos ou deveríamos ser sempre úteis aos outros, seja de qualquer maneira, falando, agindo, pensando, orando etc. Portanto, não significa que se depende diretamente das pessoas que nos rodeiam, mas de forma indireta, principalmente. Por exemplo, sempre estamos usando ou precisando de algo que não foi feito por nós e sim por outras pessoas distante de nós, ou seja, de forma indireta. Diretamente, o exemplo mais patente é quando nascemos e morremos, pois nestas horas somos totalmente dependentes de quem estiver ao nosso redor, por isso devemos sempre ser gratos a todas as pessoas em todos os momentos.