Castração na praça

Dia desses fui fazer compras, numa área da periferia. Andei pela feira, pelo mercado. Fui à praça.

Ali, percebi movimento maior. Pessoas carregando cães, outros conduzindo animais pela coleira.

Era uma campanha de castração (de animais), ao comando da prefeitura da cidade. Vi que os levados no colo dos donos já tinham sido "operados".

Não sei informar se as instituições de proteção aos animais aceitam tal procedimento - não sei.

Não perguntei o porquê disso, da castração. Bem, seria uma pergunta imbecil – cortar o órgão genital dos cães, logicamente, é para reduzir a população (canina).

Não sei se tem muito cachorro na cidade, ou no mundo. Se eles atrapalham, se oferecem risco às pessoas.

Pela convivência rotineira desta vida, sei que cães podem nos atacar, nos morder. E contrair uma doença – no caso, a hidrofobia.

Se poderia também reduzir os ratos. São eles quem nos transmitem a leptospirose, doença fatal se não curada rapidamente.

Sei que, quando castrados, os animais engordam, ficam indispostos, podem até contrair tumores malignos (e benignos).

Nos tempos idos havia castração de homens. Ali, quando Jesus esteve na Terra. As vítimas eram chamados eunucos.

Perdiam os pênis – e eram mandados para os haréns (de mulheres) guardar as mulheres. Estas eram propriedades dos reis.

A Bíblia narra a história de Salomão – ele teve seu harém, com 700 mulheres. E 300 concubinas.

Voltando à castração, na praça. Ouvi um cidadão dizendo: –---- Será que esses animais (castrados) não poderão virar gays?

Disse isso brincando – imagino eu. O outro, ao lado dele: ----- É, meu prezado, é uma boa pergunta....

Recordei agora da “carrocinha” - nos anos 1960 (era eu moleque de rua) ela passava pelas ruas.

Era uma espécie de gaiola – e os cães à toa, desocupados, “desempregados”, eram aprisionados e jogados nelas.

Que os donos os fossem resgatar depois, no "presídio dos cães". Os sem dono, não sei bem, ficavam por lá, presos. Não sei eram sacrificados, mortos, não sei até hoje.

Tem cachorro por aí com vida de marajá. Estes não precisam ser castrados em praça pública. Têm privilégios que muitos humanos gostariam de ter.