A GRANDE FRUSTRAÇÃO DE UMA DONA DE CASA.
Nem todo o mundo gosta de plantas, pássaros, gatos, cachorros e outras preferências similares. Neste caso, reza o bom senso, que sempre deve haver um respeito e, dependendo do caso, até alguma admiração pelo afeto, carinho e dedicação por algumas destas preferências.
O caso que faço questão de mencionar é referente ao gosto pelas plantas. No prédio onde moro havia uma senhora que residia sozinha e, talvez por isso, tinha um apego muito grande com as suas inúmeras plantas que ela tinha dentro do apartamento e do lado de fora. Além de plantar, cuidava com muito amor das suas inúmeras plantas, principalmente aquelas que foram plantadas ao lado do muro, numa área onde tinha um varal, mas não havia lugar suficiente para as crianças jogarem bola. E isto já deixava aquela senhora mais tranquila com relação às suas lindas plantas naquele lugar.
Só que, certo dia, após uma reunião do condomínio, houve a troca do síndico. Até aí, tudo bem, sem celeumas. O problema só veio à tona, quando o novo síndico contratou uma pessoa para fazer a poda nas árvores ao redor do prédio. Até aí tudo bem. Só que faltou uma comunicação mais detalhada e o operador da máquina de cortar as plantas e capim não teve dúvidas, começou a fazer o seu serviço e terminou exterminando, ceifando quase tudo que ele via pela frente. Ninguém lhe havia falado nada sobre a execução do seu serviço, como por exemplo, poda e não aquela, etc. Literalmente, o que fez aquele homem? Pau na máquina, literalmente. E neste ínterim, aquelas bonitas plantas daquela senhora foram ao chão e, consequentemente para o lixo. Quando ela tomou conhecimento deste absurdo, quase que teve um ataque cardíaco. Chorou bastante e chamou o síndico para fazer a sua justa reclamação. O mesmo reconheceu que errou em não ter avisado ao homem que fez aquele serviço e apenas pediu desculpas e mais desculpas àquela senhora que dificilmente voltou a plantar as suas queridas plantinhas, mesmo o atual síndico se comprometendo de que ninguém nunca mais iria tocar na sua plantação, cortá-las, matando-as. Só que esta promessa não precisou surtir efeito, pois aquela senhora, antes deste triste ocorrido, já estava com planos de mudar de apartamento para uma casa em outro bairro. E foi isto que realmente aconteceu. Adeus plantas, até um dia, sem mais rancor. Ao síndico e outros vizinhos que não sabiam dos objetivos anteriores daquela senhora só restou pensarem que a mudança de domicílio tinha sido por causa daquele incidente que chamou a atenção daquele condomínio.