Fora com as nulidades

Nulidades sempre estiveram presentes em nossa sociedade, mas eram contidas. Entretanto, hoje de alguma forma estão conseguindo ocupar espaços que antes não lhes eram permitidos.
Senão vejamos:
Qual não foi a minha surpresa quando deparei com um mega cartaz da capa da Revista VEJA, pendurado na banca de jornal, que trazia estampado a foto de uma “personalidade” do mundo do crime.
Fernandinho Beira Mar.
Tal cartaz divulgava que, mesmo preso, o bandido continua a comandar o crime organizado.
Aí está uma nulidade pois, para vender mais, a Direção da Revista VEJA, agindo descaradamente contra a sociedade, acintosamente pratica a apologia ao crime quando enaltece um marginal assassino dando-lhe um espaço não merecido.
Belo exemplo a nossa juventude que, por imposição de outras nulidades ― políticos, governantes ― vaga sem rumo em busca de um norte. Cabe aqui contar outras nulidades espalhadas ― pela mídia televisiva ― com seus programas emburrecedores, tipo BBs e outros do gênero.
Até hoje do alto dos meus sessenta e poucos anos ainda não vi um cartaz da mesma magnitude espalhado pelo Brasil afora, dando ênfase à Educação e à Cultura.
Será que nosso povo conhece personalidades como D. Pedro II, Carlos Gomes, Castro Alves, Antonio Francisco Lisboa (o Aleijadinho), Carlos Chagas, Osvaldo Cruz, Machado de Assis, Alberto Santos Dumont, Mário Koefe e tantos outros?
Parei as citações porque se eu fosse continuar daria para fazer um livro.
Há que se pensar e rever nossos valores para que não se distorçam, ou viraremos todos nulidades.

12/02/11
Fernando Antonio Pereira
Enviado por Fernando Antonio Pereira em 12/11/2019
Código do texto: T6793081
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