Uma crônica diferente
A vida pede para corrermos sem tempo para amar,
sem tempo para fantasiar o que ao redor não nos agrada,
e nos agarramos ao que temos e que nos faz feliz...
as pessoas a quem amamos mais que tudo.
E esse amor é o que nos motiva à seguir,
a encontrar um sentido verdadeiro para em cada despertar
querer continuar à lutar.
Pois alguns sonhos aos poucos se esvaíram...
pelo menos os meus, não sei dos seus.
Vez por outra a minha alma explode, e seu grito
é quando consegue escrever algumas linhas, mas, sempre
que começo a escrever,
me dá vontade de olhar para você,
e fico por horas pensando,
lembrando dos milhões de sonhos que tive em torno da sua vida,
recorro às suas fotografias, fito os seus olhos,
e estudo a sua alegria, e passo à me perguntar, se ainda acha
a felicidade uma utopia.
Não chego a conclusão de que tudo
não passou de uma fantasia, ou de uma saída para um sofrimento
que me atormentava noite e dia,
tempos tão distante, mas que ainda me aflige e chama.
Sabe, hoje mais forte que nunca, me bateu uma saudade
de você, não uma saudade comum, daquelas que a poesia cria.
É uma saudade de você e dos sonhos que sonhei com você,
sim, não foi um amor procurando uma salvação,
não foi uma busca louca, não foi uma invenção, foi amor,
esse amor que forçadamente se transformou em amizade,
e que quando me vem essa saudade,
enche a minha alma de solidão.
Então sem saber se estou escrevendo uma prosa,
uma poesia, ou uma crônica diferente, sinto falta das suas risadas,
dos seus olhos, do seu jeito prático de encarar a vida,
e essa saudade aperta, deixando a minha alma partida.