as nostalgias que me levam até ela.
Sem pretensão nenhuma, peguei o carro e dirigi de forma prudente para qualquer lugar. Qualquer lugar que me despertasse algo que me fizesse sentir emoções.
Não consegui. Até que ela veio, como um sopro.
Rápida, feroz. E me acertou em cheio.
A música era algo que se encaixava perfeitamente neste momento. Era o que eu precisava, era o que me faltava.
O clima nostálgico de fim de tarde, e a chuva que batia levemente no vidro do carro se misturavam a este evento de forma sutil, trazendo a paz que eu tanto queria.
Dirigi sem parar. As vezes passando por poças enormes de água, outras subindo ladeiras que mais pareciam montanhas.
Até que cheguei - ou melhor, até que as sensações me trouxeram até aqui.
O mar se agitou de forma agressiva com a minha chegada, e o vento gélido parecia que iria perfurar minha pele.
Ao longe, na beira do mar, ela brincava.
O meu amor.
Como se sentisse a minha presença, olhou-me.
E sorriu.