O CANTO DOS PÁSSAROS
Quando se está no campo, numa fazenda ou chácara é sempre comum ser despertado por uma linda sinfonia gratuita e agradável de pássaros, os quais, sem segundas intenções e sem tomar conhecimento se estão agradando a alguém ou não, gorjeiam até quando o sol começa a espraiar os seus cálidos e lindos raios sobre a face da terra. E nesta hora alçam vooa embusca de comida para si ou para os filhotes. O único problema momentâneo é quando chove o que retarda esta tarefa diária e rotineira. Sem prazo de locação, os pássaros fazem os seus ninhos onde acham que devem fazer sem pedir licença a quem quer que seja e com o tempo, os abandona, quando resolvem mudar de habitat por algum motivo alheio ao conhecimento do ser humano. A sua liberdade é a síntese da sua vida, portanto, algo fundamental; já quando o homem prende um pássaro, apenas para alimentar o seu egoísmo, criando-o dentro de uma gaiola, para depois esnobá-lo ou até comercializá-lo, o pobrezinho fica contra sua vontade, à mercê, do opressor que o capturou. E mesmo assustado, com o passar do tempo, o triste pássaro pode até tentar cantar, mas nunca será igual como quando estava no seu verdadeiro e autêntico habitat, que era a floresta, o mato, a chácara, a fazenda, o campo livre de tudo e de todos. A diferença desta convivência é muito grande e só mesmo quem tem um hobby esdrúxulo como este - criar pássaros presos em gaiolas - é que sabe ou finge se realmente tem um prazer ou não e até quando.