Trópico de Touro VI
O que fazer de útil da minha existência? Nota mental: trocar meu pseudônimo no Recanto das Letras. Pesquisar no Google: Spite alemão. Acordar as cinco da manhã para ver o nascer do sol, aplaudir o espetáculo! Vivo em uma situação peculiar, até mesmo, diria eu, limítrofe – estou à beira do abismo sentindo o perfume da chuva caída das Asperitas, posso embarcar naquele navio e deixar me levar para onde ele for, navegar mar adentro, vejo uma mulher de pele alva. O que poderá me deter? Não quero saber...e não quero nem saber o que vão achar de mim. Trilha sonora do momento: Bossa Nostra – Nação Zumbi. O vermelho ainda é a cor que incita a fome. Em minha busca, pouco coisa até agora, encontrei, mas, fui encontrado, no entanto, aquele que anda pela senda esotérica não permanece o mesmo. Bati. Abriu-me, fui atendido. O que você quer, Fábio? Tem me acometido uma dúvida assaz crucial, que é, como tornar-me mais útil? Em minha casa, no universo. Nova nota mental: evitar os extremos! O comportamento pendular; se os mortos judeus pudessem voltar à esta vida, dizem os rabinos, apenas trinta minutos de “ressuscitamento”, este tempo seria aproveitado numa biblioteca, para obterem mais conhecimento e sabedoria. Ou, em nossos tempos modernos, nalgum ambiente virtual, tipo no já citado e bastante utilizado google. Sigo todos os dias e cada vez mais, em todos os aspectos melhorando! Ouvindo Prince – Jazz Funk Sessions 1977 (instrumental). Não tenho interesse em poesias, normalmente. Não compro, nem furto, livros de poesias, sou um ignorante, ignoto, ignóbil e redundante. Tenho esta consciência, mas quero melhorar, amiguinhos! Quero me redimir diante de vossas senhorias, leitores que leem palavras “diabolicamente diminutas” em uma caderneta de capa preta, aveludada. Fiz referência ao Humbert Humbert de Nabokov, mais uma vez, porque não consigo parar de citar este professor apaixonado por Dolores Haze. Sugiro que leiam um poeminha que é danado de bom, foda mesmo! Se chama “a encantação pelo riso” de Velimir Khlébnikovi, na tradução de Haroldo de Campos.