Ah! A vida humana... reflexões de finados!

Cada dia fico mais e mais encucado com o processo vivencial humano. Nos animais ditos inferiores é tão simples: nascer e morrer. Se for possível crescer.

Com gente é muito complicado!

Meu amigo me confidenciou o tanto que fez escolhas erradas ao longo da vida. Ah! Se ele soubesse que tudo isso iria acontecer... o tudo isso que iria acontecer é simplesmente ele dependente, um derrame não fulminante, uma companheira, no seu dizer, volta e meia, na transição da lua cheia para minguante, fica tresloucada. Na última transição ela tomou banho frio com roupa e tudo, depois se despiu e saiu pela rua, não como Deus a pôs no mundo, mas com uma peça do mundo, a calcinha, e foi parar na rodovia!

Meu outro amigo, 49 e poucos anos, pai amoroso, amante intenso, quase pornográfico, de repente, sem tempo de contar aos companheiros, aos amigos, entrou em coma, no dizer dos médicos câncer fulminante, morreu. Morreu, não como animal inferior, mas como gente, deixando para trás a inquietação de quem não morreu!

Como disse outro amigo, filho de amigo morrido recentemente: João, construí para ele o túmulo digno da sua lembrança!

Outra amiga, pouco mais de 15 anos, assim como eu, encucada com o processo vivencial, apesar dos poucos mais de 15 anos, e em razão disto, prefere por fim à própria vida do que massacrar outras, vidas que nada tem a ver com o seu encucamento com o processo de viver. Por felicidade a vida não é ficção, não morreu!

Como viver é complicado!