Simples ou complicado
Nem tudo que é caro compensa comprar. Outro dia, vi uma reportagem mostrando que pagamos caro por funções do celular que nunca usaremos. Mas não é só no mundo tecnológico que isso acontece.
Algumas coisas que aparentam ser sofisticadas não passam de confeitarias. Explico. Outro dia um amigo precisou comprar um serrote com cabo longo para cortar galhos de árvores. Comprou de uma marca boa, bem top! Por mais de R$250 reais. Resultado: impossível trabalhar com ele... Cabo de ferro, pesava uns 7 quilos, com um sistema de puxar cordinhas que não funcionava pra cortar.
Jogou no depósito e comprou um serrotinho por R$28 reais. Cortou bambu, secou na sombra e colocou no cabo. Resultado: leve, alcança galhos mais altos, nota dez.
Comigo aconteceu com um ralo que prometia tudo, e talvez, ele faça tudo mesmo, menos ralar. Deveria ser usado em substituição aos aparelhos das academias de ginástica para exercitar os músculos dos braços. Funciona!
Ah, teve também um liquidificador que já coava o suco. Coa mesmo, basta ter paciência para esperar meia hora até ele coar tudo e ainda lavar meio mundo de parafernália.
Nem sempre aquilo que promete facilitar nossa vida, de fato facilita. Além disso, aproveitam-se da nossa inexperiência técnica. Fui colocar uma película no carro e o vendedor falou de tantas películas que, ao final, eu não sabia mais para que servia uma película. Em rápida pesquisa descobrir que no frigir dos ovos elas não são tão diferentes assim. E algumas são até proibidas. Mas os preços variam pra mais de 500%.
Agora eu vejo primeiro a função do objeto. Cumpre a função? Ótimo! Promessa de objetos que fazem milagres, já não me pega mais. Como dizia meu pai: “Quer moleza? Vá empurrar bêbado na ladeira! “. Simples assim.
Imagem do Google.