Naquela manhã

A manhã brilhava, fortemente. Percebi, alguém caminhava pela calçada. E passei a observar aquela pessoa.

A manhã de forte sol. Gosto das manhãs assim, bem brilhantes – nos inspiram grandemente. Olhava, a pessoa ia, sozinha.

As árvores, os portões, carros, as aves, e gente indo e vindo. E eu parado, à porta. Via alguém indo, caminhando, sem pressa. Não sei o nome dela.

Uma mulher, de verde, sapatos altos, negros cabelos.

Dobrou a esquina – e sumiu – eu a observando, meio lerdo.

A manhã se foi, passou. Veio a tarde. E fiquei pensando naquele ser, naquela mulher, de vestido verde, a caminhar pela calçada.

Não sei para onde foi – jamais saberei. Sei, ela dobrou a esquina – e desapareceu.

Naquela manhã, inspiradora, sol forte, eu meio pateta, meio aéreo.

Bem, essa crônica é trivial, coisa sem importância, banal. Mas uma banalidade a me atrair, me chamar a atenção.

E fiquei pensando nisso. Não sei por quê fiquei pensando nessa manhã, no sol, na mulher, aves, nos carros, nos postes.

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 01/11/2019
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