AI-5

Primeiro de janeiro de 2019 o nosso Brasil passa a ser governado (tomado) e representado por um homem devoto da tortura, da opressão, além de um expectador da miséria humana. Bolsonaro que não possui agenda alguma de crescimento para o Estado, não manifesta ou alimenta promoção humana e ambiental, podemos considerar que o posto que ocupa está a destruir, descontruir o que a custo de muita luta e sangue vivo foi conquistado nesta lagrimosa terra de Santa Cruz, que nunca conseguiu vencer a estrondosa desigualdade social tão injusta e amarga para uma grande e esmagadora parcela da sociedade que ocupa morros, vilas e vielas periféricas, pessoas que ainda distribui sorrisos e oferece simpatia, por que é provado na raça, no sol e no fogo!

Evocar o Ato Institucional de número de 5 (AI-5) é evocar o demônio da morte, do horror, da injustiça, evoca a tristeza de vidas que foram torturadas, pisoteadas, mas porque, mas como assim, onde estará a hospitalidade que tínhamos tão viva, forte, robusta, somos o povo do abraço, que abraça, aperta, dá aconchego, guarida, ressuscita! Para onde foi o calor do povo brasileiro, que festeja, pula e grita, sacode e acode.

Optaram pela família que corteja milicianos! A eleição de Bolsonaro e de sua família (filhos 1,2,3) compromete e põe em cheque a essência que construímos e somos, um ódio fascista foi absorvido e assumido de Sudeste a fora, tudo por uma arma na mão, que auto atingirá quem deste lado estar!

Pelos escravos chicoteados nos pelourinhos, pelos índios angustiados com os invasores, pelos torturados e mortos de 64..., pelos muitos humanistas guerreiros e sensíveis, pelos poetas que escrevem nossos e os seus dramas, por Carolina Maria de Jesus, Chico Mendes e Marielle Franco rasgamos e queimamos todo o ATO INSTITUCIONAL 5 (AI-5) e morreremos se assim precisar para dizer e gritar NÃO a toda evocação ou lembrança de tamanha crueldade que protagonizou a demonização da pessoa em pessoas.

Onde estará o meu amor? É preciso procurar, encontre, encontrei, está aqui, em ti, está em cá dentro de nós, não, não podemos parafrasear o amor, é preciso transcrevê-lo por inteiro, por completo. Onde estará o meu amor? AME que passa.