MASSA DE MANOBRA

MASSA DE MANOBRA

Não tenho rótulo, nem bula, nem manual de instrução, não tomo partido, sou elo perdido inserido na paisagem do cotidiano Dizem alguns que é destino, já vi tantos desatinos que causaram consequências nunca dantes imaginadas, e segue a Nave Brasil no piloto automático Vermelhoverdeamarelo são as cores que imperam nas tais mídias sociais, o mundo numa telinha, filosofia de almanaque, pernas de pau viram craques, todo mundo sabe de um tudo, só falta aparecer alguém pra dar aulas de hipismo aquático e todos saírem a cavalgar um cavalo marinho selvagem por aquáticas verdejantes campinas. E não me tomem por louco posso exagerar um pouco, quem conta aumenta um ponto ou alguns muitos pontos mais. Há coisas que não se vê, mistérios escancarados dos radicais partidários que feitos burro na sombra esperam a hora da onça beber água para poder dar o bote. E quem, com sede do tal poder vai ao pote, no melado de lambuza, deita e rola e até abusa da nossa santa paciência. Na trincheira das tais batalhas virtuais, cada um dos radicais se defende e ofende como pode, sem regras que disciplinem os efeitos colaterais. Ideologias diversas alicerçam argumentos por vezes repletos de um imenso vazio. Cada um pelo seu prisma olhando os acontecimentos, ofensas e movimentos, prende/solta, solta/prende, e o povo não aprende que é só massa de manobra.

AC De Paula

#poetaacdepaula