Qual o prêmio?
Estranhamente, ele veio.
Apareceu, fez-se conhecido, considerado, respeitado.
Acreditava ter construído uma base sólida, até mesmo financeira.
Nome… o que seria o nome em uma cidade, em um estado, em um país?
Fama, nome…
Respeito, ideal.
Aos olhos de uns, lendário. Monstro, o herói.
De outros, o garoto pobre.
Indigno, bandido, a margem da sociedade.
Um homem… de família, porque não?
Depois dele, muitos vieram.
Muitos… revoltados com o sistema.
Olhar longe… independente da direção, a revolta.
O papo. Será que fica?
Ter moral de cria aqui na Terra para construir uma imagem, garantirá que não falem tanto quando assim se for?
Já não creio…
Um sistema organizado em meio a um mercado ilícito, por mais que se mantenha durante um determinado tempo, garantirá a paz futura?
Do paraíso que enxergávamos, ao futuro em guerra que prevíamos.
A revolta não se faz mais válida, a paz não mais existe.
Revoltosos se autodestroem, um a um.
E a questão que fica:
Será que morrer como homem realmente é o prêmio da guerra?
Morrer, antecipar.
Escolhas, por mais que seja uma escolha confortável, arregada, com seus preços.
Será?
Em uma tarde nublada, aquele garoto sentado no escadão, com um celular na mão.
Dali de cima, enxergava longe.
Seus ídolos que pareciam eternos, talvez até sejam.
Porém, não se fazem mais visíveis, muito menos audíveis.
O tempo passou rápido…
O menino cresceu.
Os acontecimentos tomaram outros runmos.
Tudo parecia tão eterno!
Tão seguro. Tão rico…
E o menino.
Que ideias tem pra hoje?
O que aqueles ídolos trouxeram…
Por mais que tenham ido embora assim, tão rápido…
O que sua ida representou?
Como será para os próximos garotos que virão?